Fernanda Rezende Pedro

           As festas em repúblicas de
estudantes vêm causando polêmicas. Desde alguns incidentes com alunos, a mídia,
a fiscalização, a população e os pais de alunos têm ficado mais atentos com o
excesso de bebidas alcoólicas e com os lugares onde os jovens frequentam. Em
São João del Rei, existem as tradicionais festas de repúblicas universitárias,
das quais grande parte dos estudantes participam.
                       Os moradores das repúblicas
organizadoras das festas confirmam que cumprem todos os requisitos impostos por
lei. Eles conseguem o alvará com a prefeitura, não permitem a entrada de
menores de idade, contratam o número de seguranças necessários, dentre outras
exigências. “Nós cumprimos o que é pedido por lei, mas infelizmente não podemos
controlar a quantidade de bebida ingerida pelas pessoas que frequentam nossas
festas.”, afirma a estudante Dalila Ramos, presidente da república
universitária Ooop’s.
           A organização dessas festas é feita
pelos próprios universitários, moradores das repúblicas. “Nossas festas são organizadas primeiramente com base em uma reunião
entre os moradores, em que dividimos as tarefas, seguindo um cronograma
estipulado e uma planilha”, disse o estudante Guilherme Borges, morador da
república universitária Santa Casa. Geralmente as repúblicas estudantis se unem
para fazer uma festa, sendo que algumas delas já se tornaram tradicionais na
cidade, segundo a economista e ex-moradora de uma república estudantil, Alira
Andrade. “As festas organizadas por nós existem até hoje, sempre organizávamos em
conjunto com outras repúblicas, porque achávamos que além de dividir as
responsabilidades, seria uma forma de atrair mais gente.”
          De
acordo com Dalila Ramos, o lucro das festas fica para a manutenção da
república, para que os moradores possam comprar móveis e utensílios novos. “Nós
nos empenhamos em mobiliar e manter nossa casa, para que os próximos estudantes
que vierem também possam desfrutar desse trabalho, e aprender como agir da
mesma forma, como uma família.”
         Segundo Guilherme Borges, a população
são-joanense apoia e comparece às festas feitas pelos estudantes, apesar de
alguns cidadãos se queixarem às vezes. A prefeitura apoia poucos eventos desse
tipo, porém a Universidade Federal de São João del Rei colabora ao permitir a
divulgação dessas festas nos campus. 
           Cárites Miranda, são-joanense,
afirma que as festas são saudáveis, boas e divertidas, até o ponto que passam a
incomodar a população. “Pela razão de alguns dos estudantes morarem em uma
cidade universitária, com muitas festas, às vezes abusam do barulho. Eles devem
ficar atentos para não causar tumulto e incomodar a população são-joanense.” 
            Já a estudante Dayane Ramos Aguiar
diz que as festas promovidas pelos estudantes são excelentes e com preço
acessível, permitindo que qualquer pessoa possa frequentá-las. “Os estudantes
também promovem essas festas, para incentivar a socialização
das pessoas.”

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