Esporte já conquista mulheres que buscam uma vida saudável

Foto: Clara Rita As meninas de SJDR participaram de competição nacional em Brasília
Foto: Clara Rita
As meninas de SJDR participaram de competição nacional em Brasília

Para algumas pessoas a prática de Pole Dance ainda é tida como tabu, já que muitos a consideram apenas como uma dança extremamente sensual e com movimentos eróticos. Entretanto, a prática está em alta e vem ganhando cada dia mais adeptas em São João del-Rei. Segundo a professora e dançarina Lorraine Senna, a atividade está sendo reconhecida como um esporte, e também um meio alternativo de se praticar exercícios físicos e manter o corpo sadio.

A treinadora, adepta do esporte há seis anos, afirma que existem diferenças entre o Pole Dance sensual e o esportivo. Ela explica que o sexy, como vemos em filmes e boates, se trata de uma barra que as mulheres usam de apoio para sensualizarem. No Pole esporte, nunca se usa salto, e na competição é avaliado o grau de dificuldade de quedas e acrobacias; por exemplo, se avalia o figurino. Esse método de avaliação é muito parecido com o critério de avaliação da ginástica olímpica.

Senna afirma que o sensual também tem exercícios específicos e tem um nível de dificuldade grande pelo salto alto. Apesar das diferenças, as duas formas podem ser associadas com a prática de exercícios: “O Pole é um exercício muito completo, porque trabalha a musculatura como um todo”. A professora explica que os braços e o abdômen são os primeiros a mostrarem evolução.

A atividade pode substituir qualquer exercício físico porque é possível variar os movimentos para obter diferentes resultados. A treinadora afirma que uma pessoa que quer perder peso, vai ter um treino montado especificamente para esses objetivos, trabalhando de maneira mais aeróbica e com a alimentação voltada para isso. Da mesma forma, uma pessoa que quer ganhar massa muscular, vai ter o treino mais pesado, com mais exercícios de força e sua alimentação vai ser completamente diferente, como em qualquer outro esporte.

Lorraine também diz que qualquer pessoa pode começar a praticar, independente do seu porte físico e de sua idade, desde que não haja nenhuma restrição médica. A estudante do ensino médio Alícia Almeida, de 17 anos, que pratica o esporte há um ano e já nota as mudanças no corpo, é incentivada a continuar: “Nunca sofri nenhum preconceito por praticar o esporte, toda minha família apoia e admira”, ressalta.

Várias vezes durante o ano, as escolas de Pole Dance do país escolhem uma data para fazerem uma mobilização nacional com a função de chamar atenção para a prática do esporte: “As atletas vão para a rua praticar o Street Pole, tiram fotos para mostrar o pole como esporte”, explica Lorraine. Outro objetivo do Street Pole é se desafiar a adaptar-se a outros tipos de barras, aumentando a capacidade da atleta. É importante destacar que, além das competições nacionais, também há a possibilidade de o Pole Dance se tornar um esporte olímpico.

Ilustração: divulgação O pole dance é considerado um exercício físico completo
Ilustração: divulgação
O pole dance é considerado um exercício físico completo

TEXTO/VAN: ELAINE MACIEL E CLARA RITA

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