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Cerca de 1,5 tonelada de medicamentos de São João del-Rei foram encaminhados para Lavras no dia 15 de maio. O vereador Igor Sandim (PSBD) questionou o motivo de a Prefeitura não ter avisado antes sobre a incineração, o que só ocorreu no dia 18 de maio, quando a maioria dos medicamentos já haviam sido incinerados:

– “Ficamos surpresos quando a Prefeitura informou ao Ministério sobre a incineração dos medicamentos na segunda-feira à tarde, enquanto estávamos em Lavras (em visita à Arbor), pois deveria ter feito isso antes de enviar os remédios à empresa.”

Surgiu, ainda, uma polêmica por conta de alguns remédios estarem ainda dentro do prazo de validade. Isto quer dizer que a confusão se deu por conta de alguns medicamentos enviados para incineração não estarem vencidos. “Achamos medicamentos que venceram em 2013, 2014. Mas também achamos insulinas que venceriam em setembro deste ano.” disse Sandim. O vereador Fábio da Silva(PSB) completa:

– “Um dos remédios não vencidos estavam com embalagem danificada e outros não: tinham as embalagens intactas; não haviam sido mexidas”.

A solicitação de instauração de uma CPI chegou a ser mencionada na Câmara Municipal, porém, um mês depois, não há mais informações sobre o caso.

No mês passado uma grande quantidade de medicamentos da Farmácia Municipal de São João Del Rei foi encaminhada para uma empresa (Arbor) em Lavras para serem incinerados. O pedido de incineração foi feito pela farmacêutica responsável pela Farmácia, Giselle Alves de Pádua, em nota, por estarem vencidos. Os medicamentos encaminhados para incineração incluíam Amoxicilina, Insulina, Anlodipino (usados para pressão alta), entre vários outros.

Segundo a líder de governo e vereadora, Lívia Guimarães (PT), só foi enviada uma nota ao Ministério Público na segunda-feira, dia 18, pois durante o final de semana os órgãos públicos não trabalham. Ainda de acordo com Guimarães, os medicamentos pertencem a gestões passadas. “Havia medicamentos armazenados de 2005 a 2014.[…] A quantidade de medicamentos de 2013 e 2014 é menor do que à quantidade de medicamentos dos anos anteriores.”

Na terça-feira (19/05), a frente de vereadores, que conta com Cabo Zanola (DEM), Jânia Costa (PROS), Fábio da Silva (PSB) e Igor Sandim (PSDB), que foi até a empresa em Lavras, reuniu-se no plenário e deu uma entrevista coletiva, durante a qual requereram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

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A vereadora Lívia Guimarães contesta:

– “A CPI precisa ser instaurada quando não há acesso às informações; porém uma coletiva foi feita com Helvécio Reis, a Secretária da Saúde e eu; se não for suficiente, o prefeito já se colocou à disposição (para responder as dúvidas). […] Eu realmente acredito que esta CPI seja mais por motivos políticos eleitoreiros do que por motivo de investigação”.

Guimarães acrescentou que alguns medicamentos são danificados durante o transporte; por isso devem ser descartados e ainda ressalta:

– “As pessoas que tem diabetes, ao receberem a insulina, são orientadas a trocar estas caso haja algum pico de energia, pois não se sabe se alterou a qualidade da mesma. Então, o destino das insulinas trocadas é a incineração.”

Texto: Rafaela Domingueti

Foto: Facebook do Vereador Cabo Zanola

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