O esporte na região é instrumento de paz, como proposta do dia 06 de abril no mundo todo

“Hoje elas se mostram tão competitivas quanto os homens e são capazes de realizar grandes feitos nesse meio”. Maria Gabriela é a terceira da esquerda para a direita, agachada - FOTO: Arquivo pessoal de Maria
“Hoje elas se mostram tão competitivas quanto os homens e são capazes de realizar grandes feitos nesse meio”. Maria Gabriela é a terceira da esquerda para a direita, agachada – FOTO: Arquivo pessoal de Maria

Nelson Mandela, considerado como o mais importante líder da África Negra, dizia que “o esporte tem o poder de mudar o mundo”. Nesse mesmo ideal, em uma Assembleia Geral da ONU em 2013, o dia 06 de abril foi instituído como o Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz. A data dá visibilidade ao caráter pacificador dos exercícios físicos, que vão além das quadras e ambientes propícios às suas práticas.

Maria Gabriela Pereira, de 19 anos, é jogadora de futebol do América Del Rey, Núcleo oficial do América MG. As atividades esportivas, independente da modalidade, proporcionam a ela interação e têm o poder de desenvolver relações sociais, além de aproximar as pessoas. “O esporte nos ensina a trabalhar em equipe e a sermos disciplinados. Eu aprendi a colaborar e a me comunicar melhor com os outros”, garante.

A mulher também busca o seu espaço nas práticas esportivas, e luta pelos seus direitos independente das dificuldades e preconceitos. Para Maria Gabriela o esporte é um meio onde elas trabalham, fazem amizades, estabelecem suas relações afetivas. “Hoje elas se mostram tão competitivas quanto os homens e são capazes de realizar grandes feitos nesse meio”, afirma.

O estudante de fisioterapia Michael Nascimento, de 21 anos, é praticante de Tae Kwon Do. Ele vê a oportunidade dos praticantes se conhecerem, bem como as suas limitações e as do próximo, para estreitarem as relações. Para o estudante, “o esporte age na sociedade como um canalizador de frustrações diárias que acumulamos naturalmente”.

Michael se sente uma pessoa melhor após ingressar no Tae Kwon Do. “Aprendi a respeitar meus oponentes por suas capacidades e limitações, e isso me levou a ser uma pessoa que busca mais a paz”, diz. Também vê nos desportos a motivação para uma vida mais saudável e um empoderamento por parte dos praticantes.

A educadora física Ana Luiza Roman, de 25 anos, vê o esporte capaz de aproximar pessoas de todas as idades. “Na minha opinião, atualmente ele é a maneira mais eficiente na inclusão social, por englobar várias atividades dinâmicas ou lúdicas, podendo incluir pessoas que se encontram fora do convívio social”, comenta.

Ana explica que durante as atividades físicas, realizadas com frequência e com uma duração mínima de 30 minutos, acontecem alterações fisiologicas hormonais, que liberam hormônios que dão satisfação e prazer. Dessa forma, ela destaca que quem se exercita não como uma obrigação acaba buscando uma melhor qualidade de vida. “Realmente o esporte transforma quem se deixa transformar”, conclui.

Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, acredita que “o esporte pode ser um veículo poderoso para a inclusão social, a igualdade de gênero e o empoderamento da juventude”.

Guerreiros Unidos Jiu-Jitsu é um projeto de inclusão social em Santa Cruz de Minas - FOTO: Arquivo pessoal de Alex
Guerreiros Unidos Jiu-Jitsu é um projeto de inclusão social em Santa Cruz de Minas – FOTO: Arquivo pessoal de Alex

Guerreiros Unidos

A Academia de Jiu-Jitsu Guerreiros Unidos é um meio de inclusão social em Santa Cruz de Minas. Fundada em 29 de janeiro de 2008, sobre a coordenação de Alex Batista Silva, difunde o esporte gratuitamente para os moradores de diversas idades na cidade, atendendo mais de 200 atletas.

A estudante Ana Clara Oliveira, de 13 anos, é praticante de Jiu-Jitsu na academia, e é faixa laranja dois graus. “Tenho prazer em praticar Jiu-Jitsu, porque meus professores são muito disciplinados, além de ser gratuito”, conta.

Os treinos acontecem todos os dias, entre 18h e 21:30h na Avenida Ministro Gabriel Passos, nº 544.

 

TEXTO/VAN: Emanuel Reis

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