No dia do jornalista, quem vai fazer a matéria sobre nós?

Dia 7 de abril, dia do Jornalista. Arte: Thaís Andressa
Dia 7 de abril, dia do Jornalista. Charge/VAN: Thaís Andressa

Dia da saúde, dia do médico, do engenheiro, do arquiteto, Independência do Brasil, dia da criança, dia do jornalista. São datas muito especiais, que sempre são pauta nas redações de jornais, nas rádios, em todo lugar. Mas, hoje, 7 de abril, é dia do jornalista. Quem é que vai dar a notícia da comemoração dessa data? Quem é que vai entregar a matéria nos 45 do segundo tempo da tarde de hoje pra entrar? HOJE! Quem?

Tanta coisa acontecendo no mundo e nós aqui, meros estudantes e profissionais jornalistas trabalhando no nosso dia e pautando isso pra poder chegar ao final do dia com a sensação de dever cumprido.

A profissão é um tanto desvalorizada, pois não é preciso ter diploma para se considerar um jornalista, o mercado de trabalho é um problema para quem não tem experiência e não consegue fazer várias atividades ao mesmo tempo: pra ser jornalista tem que ser pauteiro, diagramador, programador, saber escrever bem, ter senso crítico, falar bem, gostar de esportes, cultura, economia e ciência e saber escrever sobre tudo isso!

É estar sabendo de tudo o que acontece naquele instante, é viver em prol de um amor: o jornalismo. É perder horas de sono, correr atrás do entrevistado (Senhora?), se virar do avesso para conseguir aquele contato que vai salvar a sua matéria e não deixar ela cair. É tomar um café aqui e outro ali, depois de um dia cansativo, é não ter tempo pra almoçar e muitas coisas mais…

Entramos na faculdade pensando que, quando formados, vamos mudar o mundo, que nossos sonhos podem se tornar realidade. Mas a frustração de ver que tudo isso é fantasia das nossas cabeças, muitas vezes, faz com que pensemos em desistir, em nos entregar. Mas o amor à profissão abre os nossos olhos, a esperança nunca morre. Nosso dever de levar a verdade nos faz acreditar que o mundo tem salvação, mesmo que um pedacinho de cada vez.

Ser jornalista é mais que apurar uma pauta e apresentar um jornal. É ser responsável com horários, ser pontual e estar sempre de bom humor, mesmo que isso seja quase impossível para quem dorme quatro horas por dia, faz estágio, trabalha, pega freelance e ainda estuda. Ser jornalista é criar uma narrativa capaz de envolver quem lê e o fazer entender o que acontece em nossa sociedade, é contar histórias a partir de fatos reais, com personagens reais, seguindo um manual de redação, uma linha editorial e responder O quê? Quem? Quando? Onde? Como? e Por quê em uma ou duas páginas de Word, é criar um tempo pra sonhar!

Ser jornalista vai além das três fontes, da imparcialidade, da popularidade da profissão. Ser jornalista está no sangue de cada um que decidiu ser jornalista. Hoje, nessa data que muitos, às vezes, não conhecem, a certeza que tenho é que podemos fazer um mundo melhor, com uma visão romântica da profissão que um dia escolhi pra mim. 7 de abril, dia do jornalista, dia de quem luta contra a censura e pela liberdade de imprensa em uma sociedade que clama por verdades!

 

TEXTO/VAN: Andreza de Cácia

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