Por Giulianna Andrade

Foto: Giulianna Andrade

Frente a tons poéticos, em meio a tantos momentos vivenciados, as lembranças permeiam as memórias que me cercam de saudade de cada um deles. Há muitos contextos de saudade em minha vida. Cenários os quais deixam resquícios, aprendizados, amores… ou não.

São muitos instantes, laços e diálogos que evocam um sentimento de nostalgia. A saudade firma seu segmento invisível, conectando corações distantes e tempos passados. E mesmo que o tempo passe, esses cenários permanecem, imutáveis, em forma de silêncios das histórias vividas e dos amores perdidos.

Desde criança sempre senti muito, tudo em intensidade e com muita emoção, e isso me energiza. Deixa-me alegre e, talvez, um pouco receosa, porque me encanto com coisas simples: com as risadas sinceras tiradas no sofá da sala de casa, com o bolo de cenoura da minha mãe, com as histórias contadas pelo meu pai, com o crescimento profissional da minha irmã e com meus pequenos poemas escritos sobre o que tanto sinto, inclusive, sobre as saudades que vem e se vão. Cada linha revive o meu senso de pertencimento e identidade. Cada crônica, cada texto e cada poema é um lembrete de que, mesmo diante das mudanças inevitáveis, as raízes do passado continuam a sustentar o presente, o qual é construído dia após dia.

Os cenários de saudade em minha volta mexem comigo, é impossível não perceber! As memórias ficam, a vida segue e eu sigo observando e contando as minhas saudades.

Assim, com aconchego no coração, falar sobre a saudade, esse turbilhão em mim, me deixa reflexiva sobre tantos pensamentos que se passam. Saudade daquilo que fui, que se foi. Saudade de quem passou por aqui. Saudade de tantas outras coisas que não consigo enumerar em um texto… apenas sinto. Saudades!