O evento contou com premiações, apresentações e homenagem ao “rei” das pipas

Neste sábado (11), o céu tejucano ficou mais colorido. O campo do São Caetano recebeu pessoas de todas as idades que compartilhavam a admiração por pipas e por Perriga (já falecido), que dá  nome à segunda edição do festival: “Dá de cima Perriga”. A homenagem a Diogo Geraldo do Carmo (Perriga) abriu o evento às 13h, seguida de premiações e apresentações de judô, capoeira e da banda salesiana Meninos e Meninas de Dom Bosco.

Organizado pela Associação Atlética São Caetano, o evento destacou a importância de Perriga para a cultura das pipas em São João del-Rei. Vindo do Rio de Janeiro, Diogo do Carmo trouxe consigo o conhecimento sobre a manufatura de papagaios. Famoso por suas enormes rabiolas e designs criativos, Perriga disseminou sua sabedoria pelo Tejuco, que hoje exibe um morro em sua homenagem, local frequentado por admiradores do esporte.

Após 39 anos do falecimento de seu pai, Roberto do Carmo, filho de Diogo, se emociona ao ver o legado reconhecido. “Quando ele chegou do Rio de Janeiro, começou a pôr as pipas no alto. Por meio desse momento, ele conheceu pessoas de tudo quanto é bairro e todo mundo queria saber quem era o Perriga que veio do Rio pra soltar pipa”. Diogo era tão reconhecido por suas pipas que, ainda em vida, pode ver um morro nomeado em sua homenagem. O “Morro do Perriga” ganhou esse nome devido a sua constante presença, o que influenciou para que a área se tornasse um local altamente frequentado pelos operadores de pipa.

Foram distribuídas duzentas pipas ao público, mas o grande objetivo era acumular o máximo de papagaios possível, prêmio resultante de uma verdadeira batalha nos ares. Simultaneamente ocorreram diversos sorteios com premiações oferecidas pelos patrocinadores. Entre as demonstrações de artes marciais, houve a apresentação da banda salesiana Meninos e Meninas de Dom Bosco que completou 33 anos, em 2018. Formada por jovens e crianças a partir de 8 anos, Raimundo Dilermando dos Santos (Padre Marreco) destaca a importância da banda para o público, principalmente para os jovens. “O nosso objetivo é ajudar os jovens a serem honestos e bons cidadãos. A banda não é um fim, mas sim um meio. Ela dá condições para os jovens serem mais ativos na sociedade” , salienta.

Carlos Luiz dos Santos (Carlinhos Gagai), organizador do espetáculo, conta sobre o próximo evento. “A gente pretende, no ano que vem, expandir o festival com maior organização e ter o apoio da imprensa local para alcançar um maior público e possíveis patrocinadores”. Carlos dos Santos também ressalta o caráter  de responsabilidade social do evento, que contribui para perpetuar a tradição, proporcionando entretenimento e inclusão. “É uma diversão ingênua e inocente. Não tem idade e nem sexo; é impressionante como a pipa consegue cativar as pessoas”, comenta.

Texto/VAN: Gabriel Ávila
Foto/VAN: Gabriel Ávila

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