Além de buscar conscientizar as pessoas sobre os sintomas e os riscos do vírus HIV, a data busca também combater o preconceito enfrentado pelos soropositivos

Arte: Laila Zin
Arte: Laila Zin

O dia primeiro de dezembro é considerado o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS. A data foi escolhida durante uma decisão da Assembleia da Organização Mundial de Saúde, realizada em outubro de 1987, com apoio da ONU. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.

Em São João del-Rei, a terça-feira do dia primeiro foi aclamada com uma passeata na luta contra a doença. A concentração ocorreu, às 8h, da praça do bairro Matosinhos até a Praça do Coreto no centro, com distribuição de folders explicativos, preservativos e carro de som. O evento contou com o apoio da Secretaria de Saúde, do CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento e também da comunidade LGBT.

CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento

Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) ainda não deixaram de ser tabu. Poucos são os que se conscientizam e se previnem. O preconceito contra esse tipo de doença vem de sua transmissão, o sexo, que ainda é, igualmente, um tabu.

Em São João del-Rei, O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) cuida dos casos das doenças sexualmente transmissíveis atendendo, além da cidade dos sinos, outros 18 municípios da região das Vertentes.

De acordo com a enfermeira coordenadora do CTA, Priscila Peixoto, o centro recebe pacientes, principalmente, para testes de HIV, Hepatite B e C e sífilis. Segundo ela, cerca de 350 pessoas fazem o tratamento contra a AIDS, entretanto Peixoto ressalta que em “cada 1 paciente em tratamento, tem cerca de 5 indivíduos que têm a doença, mas não sabem ou não preferem tratá-la ou, ainda, tratam em outros lugares com médicos particulares. É difícil dar um número aproximado, mas acredita que, na região, existem aproximadamente 2 mil portadores”.

Hepatite B e C e Sífilis

Peixoto falou que, além dos testes de HIV, os testes de incidência de Hepatite B e C e de Sífilis são bastante requeridos no CTA. Segundo a enfermeira, cerca de quatro mil notificações de casos de Sífilis passam por sua coordenação durante uma semana.

A hepatite não é uma doença mortal, porém, se não cuidada, pode desenvolver outras doenças que levam a morte. Segundo dados do CTA, cerca de 5% dos pacientes com Hepatite B e 70% dos indivíduos com Hepatite C desenvolvem, ao final da doença, câncer de fígado ou cirrose hepática, doenças que podem levar à morte.

É importante ressaltar que todas as doenças sexualmente transmissíveis são evitadas com o uso de preservativo. “A camisinha ainda é o melhor método de prevenção, além de ser o mais barato. Há distribuição gratuita em todas as policlínicas da cidade e no CTA também, porém poucas pessoas procuram”, disse Peixoto.

TEXTO/VAN: RAFAELA DOMINGUETI

ARTE: LAILA ZIN

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