No dia 25 de setembro comemorou-se nacionalmente o Dia do Trânsito. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), a data tem por objetivo debater questões essenciais para a melhoria de um dos principais problemas das cidades brasileiras: a mobilidade urbana. Por isso, o tema nacional para debate aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) para o ano de 2014 é: “Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre”. 

Em São João del-Rei, os pedestres também enfrentam problemas diariamente. Segundo Círio Geraldo de Paulo, policial civil e representante do DETRAN, é,  de extrema importância a campanha abordar como tema a prioridade ao pedestre, pois as pessoas que utilizam as vias urbanas e rurais são mais vulneráveis e precisam de uma atenção maior. Para o taxista André Silva, falta uma boa sinalização nas ruas que garanta a segurança do pedestre. O motorista de táxi Lener de Andrade, também concorda com o colega, ressaltando que a falta fiscalização nas ruas, principalmente à noite,  “piora a situação cada vez mais”. 

Para Maicon Robert, motorista de taxi, o aumento de problemas com a mobilidade urbana ligada ao pedestre gira em torno do significativo aumento dos carros nas ruas decorrentes das possibilidades de crédito imediato.  “Hoje em dia, é melhor para comprar um carro devido às facilidades encontradas nas formas de pagamento”, declara. Essa afirmação pode ser comprovada pelos números. De acordo com dados do Departamento de Trânsito, existem, na cidade, aproximadamente 44000 placas de carros apenas de São João del-Rei. Além disso, somente no mês de agosto, foram habilitadas 537 pessoas, segundo o Detran são-joanense.  

A insatisfação não é exclusiva dos motoristas. A pedestre Rosa Mariléia afirma que falta educação tanto por parte dos  motoristas quanto dos próprios pedestres. “Falta respeito e conscientização dos dois lados”, frisa.

Apesar disso, o ex-diretor do Departamento de Trânsito de São João del-Rei, Greyck Seixas, afirma que a situação tem melhorado, a despeito dos obstáculos. Seixas enfatiza que há poucas pessoas para muito trabalho. “São apenas oito pessoas trabalhando aqui”, salienta. O ex-diretor ainda ressalta a necessidade de um engenheiro de trânsito na cidade, ideia compartilhada pelo taxista Lener de Andrade. “Seria bom. Tem que ter alguém para pensar, para fazer, para melhorar”, pontua. O policial civil Círio de Paulo comenta que seria interessante se a educação do trânsito fosse implantada no currículo escolar desde as fases iniciais da formação do estudante. Se essa ideia fosse colocada em prática, aos 18 anos o cidadão estaria bem mais preparado para enfrentar o trânsito diário evitando acidentes. 

Texto: VAN/Leonardo Duque, Richardson Freitas e Thobias Vieira
Foto: Leonardo Duque

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