A expectativa para o próximo LIRAa é de que os casos de foco do mosquito Aedes aegypti diminuam devido ao tempo mais seco

O mosquito transmissor da dengue vive até 30 dias
O mosquito transmissor da dengue vive até 30 dias

São realizados, anualmente, três Levantamentos Rápidos do índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O último levantamento, realizado em março, constatou que haviam 147 focos do mosquito – índice considerado de alto risco. O próximo levantamento, que mede o índice de março até o mês de outubro, pode apresentar, segundo o coordenador do setor de endemias são-joanense, Jean Vilela, uma redução nos casos de foco devido ao tempo mais seco da primavera.

De janeiro até agosto deste ano foram notificadas 299 suspeitas de Dengue em São João del-Rei. Desses casos, 109 foram confirmados. No mês de setembro, não houve registros de suspeita da doença. Ainda de acordo com Jean Vilela, o Tijuco foi a parte da cidade mais afetada pela doença. Na última sexta-feira, 18, foi realizado um arrastão de limpeza no bairro e três toneladas de objetos, que seriam possíveis criadouros do mosquito, foram retirados.

Ainda de acordo com o coordenador, a Prefeitura tem investido em palestras com educadoras de saúde e, bimestralmente, os agentes vão às casas para verificar a existência de risco de proliferação e retiram objetos que acumulem água. É feito também o processo de telamento e tratamento com produtos químicos de caixas d’água para evitar que o mosquito coloque seus ovos ali.

É necessário que a população também ajude a controlar a Dengue tomando medidas preventivas. A doméstica Antônia Moreira da Silva, de 59 anos, afirma que toma alguns cuidados no dia a dia para evitar a doença: “Eu deixo minhas plantas sem os pratinhos, nos ralinhos eu coloco cloro todos os dias e evito deixar sujeira dentro e fora de casa”. Para a doméstica, o lixo jogado nas ruas é o que causa a maior proliferação do mosquito.

Já Eisberg de Carvalho, que é agente penitenciário, declara que o comitê de conscientização feito pela prefeitura para percorrer os bairros desde julho deste ano tem surtido efeito: “Eu sempre tenho observado esse trabalho preventivo que a prefeitura tem feito. O pessoal sempre passa olhando e explicando”. Ele afirma também que há um grande número de campanhas e propagandas para ajudar a população a se prevenir: “A pessoa precisa colocar a mão na massa e fazer a sua parte”, frisou Eisberg.

O mosquito

O Aedes aegypti se reproduz muito rápido. Cada fêmea coloca em média 200 ovos por vez que eclodem em contato com a água parada. Para cada ovo, é gerada uma larva que evolui até o surgimento do mosquito em no máximo sete dias. Cada um vive cerca de um mês e pode transmitir a doença durante todo esse período, se contaminado.

A melhor forma de se prevenir é combater os focos de acúmulo de água e assim, evitar locais propícios para a criação do mosquito. Em casos de sintomas de Dengue, como febre alta, forte dores de cabeça, dor atrás dos olhos e manchas na pele, é fundamental procurar atendimento médico o mais rápido possível.

TEXTO/VAN: ELAINE MACIEL

FOTO: DIVULGAÇÃO

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