Enfermidade
ainda desconhecida desafia pesquisadores na busca das causas e principalmente
da cura. Por enquanto, preocupação no Campo das Vertentes é com outras doenças
      Uganda, país entre os mais
pobres do mundo, enfrenta uma doença misteriosa. Não se sabe ao certo como
acontece a transmissão e se há cura ou tratamento. De acordo com o portal mynextzone.com,
cerca de duzentas crianças já morreram. A doença ficou conhecida no norte de Uganda como Síndrome de Nodding. Mesmo com o risco da doença se alastrar
por outros países, na região do Campo das Vertentes, o foco está em outras
doenças já conhecidas.
      A situação fez com que
especialistas de Uganda e dos Estados Unidos unissem forças para descobrirem
uma cura, o que até agora não aconteceu. A escassez de informações sobre essa
nova doença é semelhante ao que aconteceu quando a AIDS surgiu na década de 1970.
Não havia dados certos sobre a doença nem um tratamento adequado às pessoas
infectadas pelo HIV, ocasionando muitas mortes. O temor é que o quadro de
Uganda possa se agravar e se expandir mais rapidamente do que o HIV.

Situação
no Campo das Vertentes
     
      Autoridades sanitárias da região foram ouvidas e
falaram dos riscos dessa nova doença e de outras já conhecidas.
      Em São João del-Rei, a
coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica do município, Eliene Jaqueline
de Andrade Freitas, disse que a doença não chegou à região e ainda nem se tem
notícia dela no Brasil. Eliene Freitas ressalta que tanto a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária como o Ministério da Saúde não enviaram nenhum alerta à
região. No entanto, Eliene destaca que há outras doenças que se deve dar
atenção. Entre elas a dengue e a gripe.
      Desde janeiro de 2012,
São João del-Rei registrou oito casos de suspeita de dengue, mas nenhum foi
confirmado até agora. O risco de epidemia na cidade é considerado de médio
risco. Para evitar uma epidemia, o município vem desenvolvendo ações
preventivas em conjunto com a comunidade. “Temos a preocupação de aliarmos
procedimentos profiláticos com ações preventivas. Trabalhamos na
conscientização da população, mesmo em épocas festivas, como fizemos no
Carnaval. Ensinando às pessoas como prevenir doenças, fica mais fácil controlar
o surgimento de enfermidades e sua transmissão”, explica Freitas.
      A coordenadora Eliene
Freitas diz que mesmo não se sabendo muito sobre a doença de Uganda, atitudes
como sempre lavar as mãos, evitar compartimentos fechados e abafados, ter uma
boa alimentação, não compartilhar objetos pessoais como talheres e escova de
dente, manter hábitos saudáveis e ter cuidado com a higiene são essenciais para
evitar contaminação e transmissão da tal doença ainda desconhecida. Essas
medidas também evitam doenças contagiosas, como a gripe que é mais comum a
partir do outono e que assustou o mundo em 2009 com o grande número de casos do
tipo A da doença.
      Em Barbacena, ouvimos o
diretor do DEMASP (Departamento Municipal de Saúde) e vice-prefeito da cidade,
Edson Rezende, e o especialista em doenças infecciosas, Honório Carvalho.
Rezende não soube informar detalhes sobre o fato e nem se Barbacena poderia
cuidar dos pacientes que, por ventura, teriam a doença. Já Carvalho, disse que
não é possível dizer se a doença chegou ao município nem se há como cuidar dos
doentes, já que não se sabe praticamente nada sobre a doença. Para o
atendimento adequado dos doentes, a estrutura médica de Barbacena é falha, já
que a cidade não dispõe de um local específico para isolamento de pacientes.

Sintomas
e desenvolvimento da doença
     
      De acordo com a reportagem do mynextzone.com, os
sintomas iniciais da doença são desorientação e redução da coordenação motora.
Os infectados deixam de andar e o crescimento das extremidades fica anormal.
Durante o desenvolvimento da doença, as crianças param de se alimentar, têm convulsões
e morrem debilitadas.

      Reportagem: Mario Sá, Ricardo Rios e Thallysson Alves.

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