Após atraso devido à greve dos caminhoneiros, a 7ª edição do Ciclo de Debates da UFSJ teve seu encerramento na última sexta (15)

A diversidade de temas foi a marca do  7º Ciclo de Debates, com o tema “A cultura no campo das vertentes”, encerrado na última sexta (15),  no anfiteatro do Campus Tancredo Neves (CTan), da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). O evento, que teve início no dia 17 de maio, tinha sua finalização marcada para o dia 25, mas devido à greve dos caminhoneiros houve necessidade do adiamento.

Com sua grande experiência na área da comunicação, com ênfase em mais de 20 anos de telejornalismo e gestão, Fernanda Lília de Almeida, que começou sua carreira como repórter na TV Tiradentes e hoje é gerente de jornalismo na TV Integração – Afiliada Rede Globo, ministrou a primeira palestra do dia.

“Antes a TV era a fonte de informação, hoje ela e a audiência descobrem juntos os acontecimentos”, diz Fernanda. Ela abordou asas mudanças tecnológicas que promoveram a adaptação do jornalismo para esse meio, ressaltando que “nem se lembra como o jornalismo era feito antigamente”, sem o uso das redes sociais e equipamentos que, atualmente, são essenciais para a realização do trabalho.

A segunda palestra foi conduzida pela professora, mestra e doutora Kátia Hallak Lombardi. Pesquisadora na área de Comunicação e Artes Visuais, Kátia apresentou um projeto de fotografia  de sua autoria, que levou dois anos para ser produzido, no qual retrata dez pessoas fundamentaispara a história cultural da cidade, destacando a importância do fotojornalismo regional na busca por narrativas não exploradas no interior, em contrapartida às várias retratações dos grandes centros.

“A magnitude do trabalho é o tipo de relação que se estabelece com o elemento”, disse a professora  Filomena Bomfim, enaltecendo a importância da imagem e da fotografia para o jornalismo.

A história de importantes jornais regionais – como o Jornal das Lajes, Folha de Barbacena e Jornal do Poste -, representados, respectivamente, pelos jornalistas José Eustáquio de Oliveira e Marcelo Miranda, além da professora  Eliana da Conceição Tolentino, também foi pauta do ciclo em seus dias anteriores. Além da seguinte abordagem sobre a mulher no jornalismo das Vertentes, pel professora Dra. Kellen Benfenatti, o jornalismo no século XIX em São João del-Rei – pelo pesquisador Alex Lombello, e o acervo jornalístico da Biblioteca de Barbacena, pela pesquisadora Edna Resende. Em seu penúltimo dia, o evento foi agraciado ainda com as falas de Geraldo Sabino, Felipe Bezamat e Caroline Calsavara debatendo a agricultura familiar e a agrofloresta.

Para os alunos, foram momentos de suma importância, poragregar valores pessoais e profissionais, como relatam Joyce Tanus – 1º período Jornalismo: “Achei importante pelo fato de nos dar a oportunidade de expandir o conhecimento para fora da grade do curso, além de nos colocar em contato com outras áreas além da comunicação”.

Rafael Medeiros, também estudante do 1º período, concordou. “o Ciclo foi um evento muito importante para nossa formação, pois trouxe a discussão de vários temas não só relacionados ao jornalismo regional, como também da vasta cultura que possuímos. É importante também ter contato com profissionais já experientes em jornalismo para que possamos conhecer melhor a carreira que escolhemos”, afirmou

Encerrando a edição de 2018 do Ciclo de Debates, a professora Filomena Bomfim, coordenadora do evento, agradeceu a colaboração da professora Najla Passos e a cooperação dos alunos do primeiro período do curso de Comunicação Social – Jornalismo, além de ressaltar a importância do jornalismo regional e das disciplinas teóricas para a construção de uma visão crítica para os profissionais de jornalismo do futuro.

Texto/VAN: Isabella Paolucci e Raphaela Ferreira
Foto/VAN: Bráulio Nolasco