Por Danielly Palmiro, Isabela Barbosa, Júlia Diniz, Lívia Antoniazzi e Yanni Paula. 

Por vezes, fazer sentido nem faz tanto sentido assim né? Mas ainda assim sim… A busca por significados instiga o mais excêntrico e particular das narrativas, em que se acessa um combinado de fatores e circunstâncias responsáveis por delimitar um cenário em que a familiaridade não é muito usual.

Assim é apresentado o documentário “Discotopia”, que emerge como uma expressão artística singular, concebida por alunas da disciplina de Documentário, do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). A proposta central visa capturar e representar fragmentos da vida cotidiana na pitoresca São João del-Rei, combinada com a técnica meticulosa de colagens, onde as alunas, munidas de recortes de revistas, buscam dar forma a uma narrativa visual única. 

Essa, por vez, reflete a aspiração de evocar a sensibilidade das gravações passadas, uma homenagem aos registros cinematográficos que seus pais lhes legaram, transportando o espectador para uma atmosfera nostálgica e acolhedora. Enquanto isso, se faz paralelo ao que foi encontrado pelas alunas nas revistas contemporâneas para esse recorte e à movimentação da vida são joanense. 

A intenção é explorar os sentidos dos espectadores, estimulando uma imersão profunda na narrativa audiovisual e desafiando a audiência a extrair significados pessoais a partir das imagens e sons apresentados. Essa abordagem, sutil e eloquente, convida cada indivíduo a construir sua própria interpretação, tocando na subjetividade de cada espectador.

O estilo cinematográfico “old school” escolhido para “Discotopia”, apesar de atual, é uma homenagem ao início da produção documental e, simultaneamente, um reflexo do ponto de partida das estudantes na área. O documentário não apenas resgata a estética inicial do cinema documental, mas também simboliza o nascimento artístico das realizadoras, marcando o início de suas jornadas profissionais na área.

“Discotopia” te convida a olhar mais para dentro e acessar os significados que configuram sentido à sua narrativa particular. Pode ser um tanto incômodo, estranho, confuso… Mas prometo ser legal!