Após 5 anos de trabalho voluntário, Parque Francisco de Assis recolhe e ajuda cães de rua na cidade mineira. Instituição sobrevive de doações. 

Parque assiste a cães abandonados em Lavras
Parque ajuda cães abandonados em Lavras 

Com mais de 400 cães abandonados sendo cuidados diariamente, a rotina não é fácil para os voluntários do Parque Francisco de Assis. A instituição recolhe, castra, vacina, alimenta e abriga cães maltratados e abandonados na cidade de Lavras.

O projeto teve início em agosto de 2010 por meio da Sociedade Lavrense de Proteção aos Animais e tem, atualmente, seis funcionários, dois residentes-voluntários e dezenas de voluntários temporários. A meta é, além de conseguir lar para os cães que estão no Parque, também propagar essa corrente do bem, sem fins lucrativos pelo país.

“A gente precisa da comunidade, dos colaboradores e voluntários: sozinhos a gente não conseguiria. O Parque é um exercício de união e fraternidade” afirma Agulúcia Martins Amarante, presidente do Parque. O espaço conta com enfermaria para cães em pós-operatório, sala cirúrgica, ambulatório, farmácia, depósito de ração, sala de banho e tosa, lavanderia, entre outros. 

Instituição dá total suporte aos animais
Instituição dá total suporte aos animais

Como todo o trabalho é voluntário, a instituição sobrevive de doações e eventos beneficentes como bazares e feijoadas. Outro exemplo de forma de arrecadação foi o lançamento do Livro “Viver o amor aos cães” escrito por Ana Regina Nogueira, uma das fundadoras do Parque Francisco de Assis. O livro conta a história do PFA, de pessoas e animais que passaram por lá e discorre sobre vários aspectos: Desde resgate animal, voluntariado e energia franciscana até fotografia, culinária e arte.

Adriana Bisbo, uma das voluntárias, reafirma a necessidade de conseguir sempre mais voluntários que estejam dispostos à ajudar os animais e construir uma sociedade melhor: “Eles (os voluntários) são o alicerce de lá, sem eles nada disso seria possível” comenta. 

O parque ainda desenvolve um projeto de sustentabilidade ambiental e realiza tratamento do esgoto que sai de lá. As fezes caninas viram esterco (que é distribuído gratuitamente) e toda a água passa por um processo de limpeza e aerização antes de ser devolvida ao córrego que passa ao lado do local. “Fizeram exames na água e estamos conseguindo desenvolver todo o nosso trabalho aqui sem prejudicar o meio ambiente” afirma Lenilce Rezende Comide, uma das coordenadoras do Parque.

Hoje o local se encontra com excesso de cães e espera conseguir doar os animais para que novos cães possam ser recolhidos, mas como muitas pessoas preferem adotar filhotes ou comprar cachorros de raça, muitos que não se encaixam nesses padrões acabam ficando lá sem serem adotados. “A gente entrou nisso sem saber a dimensão que esse trabalho ia tomar, sabíamos da situação crítica que era aqui em Lavras, mas hoje a gente percebe, através de contatos, visitas, palestras, que mesmo com as dificuldades, vale a pena” explica Patricia, tesoureira e co-fundadora do Parque.

O próximo evento para arrecadação de verbas será a “FeijAUada Vegetariana”, com feira de livros e noite de autógrafos da autora do Livro “Viver o amor aos cães”, no Clube de Lavras, dia 11, às 19h. Todo o dinheiro será utilizado para a castração de cães de rua.

Mais informações sobre a instituição podem ser encontradas no site: www.parquefranciscodeassis.com.br  e sobre o livro pelo link: goo.gl/HLF8xC .

TEXTO/VAN: TALITA TONSO

FOTOS: DIVULGAÇÃO/PARQUE FRANCISCO DE ASSIS

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