Brechós e bazares são alternativas para quem procura estar bem vestido, sem agredir o planeta, além de economizar

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Alternativas para quem pretende comprar roupas boas, baratas e ainda com a vantagem de serem exclusivas são os bazares e brechós, com o crescimento da indústria da moda eles sumiram um pouco, mas há quem não abra mão de estar bem vestida gastando pouco e sem a preocupação de encontrar outra pessoa com a mesma roupa. Esse é o movimento slow fashion (ou moda lenta), que difunde a reutilização de peças encontradas em bazares e brechós, incentivando assim um consumo mais sustentável.

A sanjoanense Joana Dark é dona da “Sebosa”, uma lojinha que fica rumo ao centro da cidade há vinte anos, a princípio não é um brechó, pois trabalha com peças novas, o diferencial é que ela pensa na turma plus size; a verdadeira história por trás do nome é que lá funciona também um sebo, para quem quiser comprar ou vender livros.

image01Na rua Cristóvão Colombo tem o “Meu Brechó”, da dona Sueli Agostini que está no mercado há 4 anos, e conta que tem uma clientela variada, desde jovens, idosos e estudantes, “até médico vem comprar comigo, e galera do teatro curte muito”. Dona Sueli abastece o brechó comprando dos seus clientes e até mesmo através de consignado. Conta também que a ideia de abrir esse negócio foi através da filha, que cursa moda, por isso haviam muitas roupas em casa e decidiu colocá-las a venda, ela faz questão de deixar tudo muito bem organizado e limpo, hoje tira seu sustento basicamente disso.

O slow fashion não se limita somente a lojas físicas, o movimento tem crescido bastante na internet, onde surgem sites especialmente criados para trocas saudáveis entre os compradores além de grupos no Facebook. É o caso do “Desapego Meninas de SJDR”, criado em julho de 2013 pela estudante Bianca Cristina. “A ideia  surgiu quando começaram esses brechós de venda pelo Facebook, minha irmã e eu resolvemos separar umas roupas para venda e doação, assim criamos o grupo”, e foram adicionando amigas e conhecidas. Quando deram conta o grupo já estava com mais de mil membros, e hoje conta com cerca de 8.400 desapegadas. “Acredito que a economia e a solidariedade influenciam todas nós, lá as postagens são de venda e também de doação, vamos tentando ajudar uns aos outros. Acho o máximo esses grupos, é como se fosse uma troca”, acrescenta Bianca.

Você sabe a diferença entre bazar e brechó?

  • Bazar: São realizados por instituições de caridade, igrejas, ou pessoas físicas que não visam o lucro e revertem a verba para a filantropia, são geralmente abastecidos através de doações de lojas e/ou pessoas.
  • Brechó: São realizados por lojas ou pessoas físicas. Como os preços são abaixo do mercado visam sempre o lucro próprio, podendo conter assim peças novas ou até mesmo doações.

TEXTO/VAN: CÍCERA ROSA

FOTOGRAFIA: CÍCERA ROSA

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