A iniciativa visa comemorar o 305º aniversário da cidade

São João del-Rei soprou as velinhas neste último sábado (08). Celebrando 305 anos, a cidade sediou uma onda de comemorações, dentre elas a inauguração do museu dos sinos “Sentinelas Sonoras”, na Igreja do Carmo. No próximo sábado (15), este novo espaço cultural enriquecerá ainda mais o patrimônio da cidade, onde tanto se preservam bens materiais e imateriais.

O projeto do museu foi realizado e idealizado pelo arquiteto são-joanense André D’ângelo. A ideia, segundo ele, começou quando trabalhou como consultor na produção do Vídeo Entoados em 2007 (sobre o toque de sinos de Minas) e posteriormente no dossiê de Tombamento do Toque dos Sinos de Minas pelo IPHAN. “O projeto foi mais tarde sendo estruturado quando lancei o meu livro sobre Sinos e Sineiros de São João dei Rei em 2011, chamado Sentinelas Sonoras e tomou a forma definitiva no ano de 2017 quando estava cursando meu pós-doutorado na Itália e tive a oportunidade de visitar vários Museus desse tipo na Europa.”

Sentinelas Sonoras é um nome sugerido pelo pai de André D’Ângelo, Jota Dangelo. O arquiteto conta que achou poético, criativo e pertinente. “Os sinos são  na liturgia da igreja os objetos que tem a obrigação de dar o sinal, comunicar e alertar.” Os sineiros são-joanenses comemoram a iniciativa e confessam que esperavam por este museu há anos. De acordo com Patrick Anderson, sineiro e idealizador da Associação de Sineiros de São João del-Rei, esta é uma conquista para toda a classe de sineiros, que infelizmente não são tão reconhecidos. “O museu chegou para mostrar à população são-joanense o valor da nossa cultura, de nossas raízes e o valor do sineiro. É um bem imaterial que deve ser preservado”.

O Conteúdo de exposição trabalhará com 4 eixos estruturadores: História dos Sinos no mundo ocidental, a fabricação dos sinos e sua condição de  instrumento musical, os sineiros de São João del-Rei e a linguagem dos sinos. Para narrar tudo isso, será utilizado uma série de painéis gráficos, vídeos e uma exposição de sinos de bronze única no Brasil.

Quanto ao horário de funcionamento, D’ângelo conta que ainda é uma parte em planejamento. “O Museu na verdade tem duas partes: a parte de exposição, que será inaugurada neste sábado e a parte de visitação à torre, que será só em março, devido ao novo sino que está sendo refundido”.

Texto/VAN: Isadora Jales

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