Thayanne Nascimento
Foto: Reprodução
Na cidade histórica de Tiradentes, foi organizada a terceira edição da Exposição Nacional do Núcleo Orquidófilo Serra de São José. A mostra ocorreu no Centro Cultural Yves Alves, entre os dias 19 e 21 de abril, e contou com a participação de núcleos de diversas cidades, como Itú, Varginha e Itaguara.
Os núcleos fazem parte de uma corrente, em que cada um colabora com os outros e vice versa. O núcleo realizador da mostra, atualmente, pertence à Coordenadoria de Orquídeas do Brasil, que tem como objetivo integrar os diversos núcleos orquidófilos existentes, a fim de realizar exposições nacionais em diversas cidades.
O organizador do encontro, Luiz Fernando Nascimento, ressalta a importância dessa integração entre os núcleos. “Há uma troca de conhecimento, amizades são feitas, orquídeas novas são conhecidas”, ele conta.
Além de uma grande variedade de orquídeas expostas, o festival oferece oficinas e palestras gratuitas. Quanto ao público-alvo, Luiz Fernando afirma: “as pessoas de zero a cem anos são bem vindas, desde que gostem”.
No sábado, dia 20, Luiz Cruz, historiador e pesquisador da história da cidade, dirigiu uma palestra sobre um dos maiores patrimônios naturais de Tiradentes, a Serra de São José. A programação atraiu moradores e turistas. Além disso, foi ministrada uma oficina de cultivo de orquídeas.
O Núcleo Orquidófilo Serra de São José nasceu em Tiradentes e foi idealizado por um grupo de pessoas que tinham como preocupação a conservação desse patrimônio.
Dessa forma, o núcleo ganhou este nome com o intuito de divulgar a Serra nos quatro cantos do Brasil. “A Serra é uma das mais belas coisas que temos aqui na cidade, quem conhece a história dela fica impressionado com a variedade de orquídeas, algumas que nem existem em outro lugar. Essa Serra é riquíssima”, manifesta o organizador.
O grupo, no entanto, possui um papel muito mais amplo do que expor lindas orquídeas. Atualmente, possuem uma parceria com a polícia militar, com o intuito de promover a preservação desse bem natural, fiscalizar o roubo de plantas nativas e conscientizar a população ao não desmatamento.
Para o organizador, ainda existem problemas relacionados aos roubos de plantas na Serra de São José. Contudo, esse problema está  sendo combatido gradualmente pelo grupo e suas parcerias.
O organizador afirma que pegar plantas nativas é um crime, exitindo punição para tal na constituição. Ele ressalta ainda que as plantas em exposição são todas produzidas em laboratórios.
Desta forma, Luiz Fernando aconselha as pessoas a verificarem a procedência das plantas que compram, pois são muitos os que vendem plantas das serras. “Não compre, pois, se não comprar, esse ato não terá mais valor para eles. Se comprar, estará destruindo a maravilha que temos em nosso solo”, frisa.
O símbolo do núcleo, hoje, é uma das orquídeas existentes na Serra de São José que está em extinção, chamada de Laelia Mantiqueira.
No grupo, há ainda espaço para as crianças que gostam e se interessam pelas orquídeas e pela preservação da natureza. Pedro Luiz Carvalho Lopes da Cruz, 10 anos, diz gostar de fazer parte do grupo, pois conhece orquídeas raras, estuda e pesquisa sobre elas.
Felipe Augusto Cabral Barbosa, 10 anos, relata que, além de adquirir conhecimentos, também ajuda nas atividades do grupo, vendendo rifas aos visitantes. Felipe ainda afirma ser de família o gosto pelas orquídeas, já que sua avó tem um jardim repleto delas.
“Não tem como não gostar e apreciá-las, é muita beleza”, conclui Pedro Carvalho. 

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