Fundado em 19 de outubro de 1975, à beira do córrego Água Limpa, o Figueirense Futebol Clube tem sua história marcada pelo título da Taça Panorama e sua entrada para o futebol profissional em 2005. Único clube são joanense federado à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), hoje sofre com a falta de patrocínio. 
Conhecido carinhosamente como “Alvinegro Praiano”, o Figueirense foi fundado por um grupo de amigos. Dentre eles, os folclóricos Neném Barba Azul e João Biongo, residentes no bairro Bom Pastor. Como todo começo, o Figueira sofreu com a falta de recurso – o time não tinha campo – e sobrevivia com uma mensalidade equivalente a cinco reais na época. Já na década de 80, o Figueirense se filia à liga são joanense, consolidando-se no cenário esportivo local. Para conseguir essa filiação, Neném Barba Azul nos contou que o grupo de amigos fez uma festa junina com a finalidade de arrecadar fundos para obtenção da licença para sua entrada na liga.  
Em sua melhor época (de 2002 a 2004), o Alvinegro Praiano chegou três vezes na final da já extinta Copa Panorama de Futebol Regional, sagrando-se campeão em 2003, com um público de aproximadamente sete mil pagantes no estádio do América. Treinador daquela equipe, Neném Varziano falou sobre esse momento: “Naquela época, os jogadores treinavam à noite, porque tinham que cumprir os horários de trabalho. E o mais importante era que os jogadores não ganhavam nada, só se contava com a boa vontade deles”. Ainda sobre a Panorama, Neném completa: “Era um campeonato muito divulgado na região, isso ajudava na boa vontade dos jogadores”, destaque para o centroavante Leandro Bocão que, ao final do campeonato, se transfere para o Tupi de Juiz de Fora.   
Figueirense se profissionaliza 
Animado com o sucesso das temporadas passadas, o próximo passo foi a profissionalização. Sucesso conseguido com ajuda de patrocinadores locais, prefeitura e a perseverança de seus fundadores. Ainda comandado pelo treinador Neném Varziano, o figueira conseguiu disputar o tradicional Campeonato Mineiro. Com campanhas irregulares e falta de patrocínio, o time foi obrigado a abrir mão de seu projeto. 
“O campeonato mineiro fica muito pesado para um clube igual o Figueirense, pois nós não conseguimos parceria com clubes da maior expressão, como alguns rivais. Fabril de Lavras, por exemplo, que tinha uma parceria com o Cruzeiro”, diz o presidente em exercício na época João Biongo.  

Hoje localizado na Avenida Santos Dumont , o clube não disputa o profissional há sete anos por falta de recursos financeiros. Mas com a nova diretoria espera em breve retornar aos velhos tempos. 
Texto: Diego Cabral/ Rafael Silveira
Foto: Divulgação 

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