Torcedor apaixonado pelo Santos Futebol Clube e um profissional da comunicação, Ruscillo mora em Guarujá, cidade localizada na baixada Santista. Inspirou-se em nomes como Galvão Bueno e José Silvério para realizar o seu trabalho na rádio Santista e, em uma breve entrevista, ele nos conta um pouco do seu trabalho e da sua inspiração para realizá-lo.

VAN: Segundo o site da Rádio Santista, você foi um dos idealizadores da Rádio. Como surgiu a ideia de construir uma rádio voltada para o Santos Futebol Clube?

Ruscillo: Na época, eu era estagiário do Portal Santista Roxo. A ideia era fazer algo que funcionasse como uma “tecla SAP”, que saísse da transmissão convencional e que falasse a língua do santista. Com o tempo, fomos aperfeiçoando, e o resultado é um produto de relativo sucesso entre os torcedores.

VAN: Quais foram as dificuldades iniciais que você e os outros membros da Rádio enfrentaram?

Ruscillo: Foram várias dificuldades. Operacionais, principalmente. No início, não fazíamos jogos no estádio. Era cada um em sua casa, interligados por Skype. Além disso, não tínhamos uma aparelhagem ideal, coisa que fomos adquirindo com o tempo. No início, nossas transmissões tinham quase 1 minuto de delay em relação ao jogo. Isso atrapalhava demais. Hoje conseguimos, nos jogos na Vila, ter o áudio chegando até mais rápido que a imagem da TV.

VAN: Qual a relação da Rádio com a diretoria do clube?

Ruscillo: Hoje, como rádio oficial, o clube financia a existência da rádio. Prestamos este serviço ao clube. Mas não é nada de muito extravagante, apenas o suficiente para bancar os custos da rádio e de TV e internet dos integrantes.

VAN: Como os Santistas reagem ao trabalho realizado pela Rádio Santista?

Ruscillo: Procuramos falar a linguagem do torcedor, ainda que sejamos a rádio oficial do clube. Não podemos criticar pesadamente um jogador, da mesma forma que não podemos deixar de emitir a opinião. Com o passar do tempo, achamos o tom certo, e o torcedor-ouvinte entendeu isso.

VAN: Você já recebeu alguma proposta para trabalhar fora da Rádio Santista após a fundação?

Ruscillo: Sim. Em 2012, eu fui convidado a participar do projeto “Arquibancada Oi”, da operadora Oi e do Esporte Interativo. Fiz uns 15 jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado lá. No fim do ano, resolvi retornar à Rádio Santista.

VAN: Você obtém alguma influência de outros narradores para realizar o seu trabalho?

Ruscillo: Algumas. Galvão Bueno é uma delas. O jeito como ele torce nos jogos da seleção é uma referência. Na locução em si, gosto de mesclar alguns estilos, como os de José Silvério e Ulisses Costa, que são os narradores de rádio que mais ouço.

VAN/ Thaís Marques da Silva, Maria Catarina Carvalho
Foto: Arquivo pessoal

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