As atrizes Leandra Leal e Helena Ignes são as homenageadas desta edição

Preparem a pipoca e desliguem os celulares. Começa a contagem regressiva para  que Tiradentes se torne a capital do cinema brasileiro contemporâneo. A partir de sexta-feira, 20 de janeiro, a cidade passa a ser cenário das comemorações que marcam os 20 anos da Mostra de Cinema de Tiradentes.

Na abertura, o destaque é para a performance audiovisual, dirigida por Chico de Paula seguida pela exibição do documentário “Divinas Divas”, de Leandra Leal que, junto com Helena Ignes, são as homenageadas do evento. O encerramento da noite fica com a banda “As Bahias e a Cozinha Mineira”.

Nestas duas décadas o festival fez história. O cineasta, Luiz Carlos Lacerda, que vai ministrar a oficina Realização em Curta Digital, conta que a Mostra de Tiradentes foi pioneira em oferecer oficinas gratuitas, prática que  passou a fazer parte da grande maioria dos festivais.

Na celebração dos 20 anos da Mostra serão exibidos, entre os dias 20 e 28 de janeiro, 108 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais – 34 longas, dois médias e 72 curtas metragens.

Curta-metragem "Vida Tirana", de alunos da UFSJ também está na mostra - Foto: Marlon de Paula
Curta-metragem “Vida Tirana”, de alunos da UFSJ também está na mostra – Foto: Marlon de Paula

Além disso, a festa conta com uma extensa programação que inclui debates, mesas temáticas, diálogos audiovisuais, exposições, cortejo da arte, atrações artísticas e oficinas.

Para Lacerda, que participa do festival desde o primeiro ano, as oficinas são muito importantes na formação de quadro para o mercado audiovisual brasileiro.  “A minha equipe profissional, que faz meus longas, minhas series, é oriunda dessas oficinas”, pontua. O cineasta ressalta ainda que muitos profissionais do audiovisual, como o diretor André Lage e o diretor de fotografia Alisson Prodlik, vieram de oficinas.

A diretora do curta “Vida Tirana”, Priscila Natany, também destaca a importância desses espaços de vivência em sua formação e lembra que já participou de várias. Além disso, Natany relata estar muito feliz em ter o curta, dirigido por ela, Flávia Frota e Marlon de Paula exibido na Mostra: “É muito significativo levar para as grandes telas histórias como a da Marisol (protagonista do curta), para levantar reflexões sobre gênero”.

Entre os filme exibidos no evento, Natany destaca o longa “Divas Divinas”, que aborda a primeira geração de artistas travestis do Brasil, pois, segundo ela, “a sua representatividade importa”.

Toda a programação é gratuita e aberta ao público, mas os filmes exibidos no Cine-tenda e Cine Teatro tem limite de lotação.

Confira a programação no site.

TEXTO/VAN: Sílvia Reis

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