Mesmo
com uma duração maior que as últimas edições, a economia de
energia será menor que nos anos anteriores

Com o horário de verão este ano, o Governo espera uma economia menor em relação ao mesmo período de 2013, segundo informações do Ministério de Minas e Energia. A economia prevista nessa temporada será de R$ 278 milhões, com redução de 4,5% na demanda em todo o País durante o horário de maior consumo, ou seja, 2.595 MW.

No Brasil, esse procedimento de adiantar o relógio uma hora começou na década de 30, com o presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Depois de 18 anos sem que entrasse em vigência, o horário de verão foi novamente adotado, devido à queda do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, por volta de 1985/86. Após esse período, o horário de verão passou a ocorrer regularmente.

Em decorrência, tanto o nascer, quanto o pôr do sol vão acontecer mais tarde. Por isso milhões de brasileiros vão ter que adequar ao novo horário, a partir deste sábado (18), à meia noite.

Em pesquisas realizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a maioria da população aprova essa medida para favorecer a economia de energia. Isso significa que 74% aprovam o horário contra 24%. Um por cento das pessoas entrevistadas não souberam avaliar. Este ano, devido à significativa falta de chuvas que vem baixando o nível das águas nos reservatórios do país, este procedimento tende a ser mais valorizado.

Lisneide Santos é estudante e não aprova o horário de verão. Segundo ela, o corpo fica mais cansado. Por outro lado, Letícia Gonçalves, também estudante, aprova a medida, pois vê o benefício dos dias mais longos e por isso o seu tempo rende mais.

Para o advogado Júlio Passos, não acontecem grandes interferências na sua rotina:

– Bem, para ser sincero, para mim não muda nada; não interfere em questão de horário, sono, essas coisas. Gosto sim do horário de verão, principalmente em dias de folga quando temos mais tempo para aproveitar uma piscina, um passeio fora…

O maior desconforto da mudança de horário é ocasionado pelo relógio biológico que está associado a uma rotina. Essa alteração pode provocar desordem, tendo em vista o relógio biológico de algumas pessoas que podem apresentar mal-estar, dificuldades para dormir e sonolência durante o dia, bem como alterações de humor e de apetite.

Com término previsto para o dia 22 de fevereiro de 2015, o horário de verão deve atingir 10 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e o Distrito Federal, que vão compartilhar 126 dias nesse novo esquema, ou seja, uma semana a mais que a última edição. A prorrogação ocorreu para evitar que o fim da medida acontecesse no carnaval.

Texto: VAN/Willian Carvalho
Arte: Willian Carvalho

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