Barbara Barreto                               05 de Abril de 2013 | De São João del Rei 


Idosos realizam aulas de atividade física oferecida pelo CRAS / Foto: Júlia Dias
Dentre os diversos projetos sociais desenvolvidos no Brasil, existe o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), de ordem municipal. A instituição está inserida no Serviço de Proteção Integral de Atendimento à Família (Paif) que busca reestabelecer e fortalecer os vínculos familiares dentro de uma comunidade. Os centros, normalmente, localizam-se em áreas de vulnerabilidade da cidade. Em São João Del Rei, existem oito unidades espalhadas pelo município.

Segundo a assistente social do CRAS do bairro Senhor dos Montes, Ionan Teodorico Eustáquio, o CRAS oferece diversas oficinas, direcionadas a diferentes faixas etárias, desde crianças até adultos, dependendo da demanda da região assistida por cada unidade.
Vanda Aparecida Nascimento, assistente social do CRAS do Tijuco, reitera a ideia de fortalecimento familiar. “Um dos objetivos do trabalho realizado no CRAS é fortalecer o vínculo familiar e solidário”, ela conta. Vanda Nascimento destaca ainda o projeto “Bem viver”, voltado para os idosos, que, entre outras atividades, disponibiliza aulas de ginástica para esse público.
O educador físico, Márcio Florentino de Oliveira, responsável por algumas dessas aulas de atividade física para a terceira idade, está inserido no programa há dois anos e ressalta que o trabalho é baseado em atividades que busquem reverter as perdas motoras dos idosos. Além disso, a iniciativa busca melhorar a autoestima dos participantes do projeto por meio de palestras motivacionais. “Sempre busquei trabalhar com os idosos o que eles mais precisavam para serem autônomos. Ter autonomia pra agachar, sentar, levantar os braços, pentear os cabelos, vestir uma camisa, amarrar os sapatos”, explica Márcio Oliveira.
O professor destaca que as vantagens dessa atividade ultrapassam os benefícios físicos, uma vez que os alunos criam um convívio social dentro do grupo, melhorando sua capacidade de relacionamento. “O meu trabalho é fazer com que eles se sintam em um grupo, onde possam, além de fazer uma atividade específica, criar teias de comunicação uns com os outros”, ressalta. Ele conta que trabalha com atividades competitivas. “Esses exercícios, muitas vezes realizados em equipe, estimulam o espírito competitivo, perdido em muitos deles, devido à saída do mercado de trabalho”, explica.

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