O momento é de transição e de construção da nova gestão.

Unidade de Saúde continua prestando serviços normalmente. FOTO/VAN: Rebeca Oliveira
Unidade de Saúde continua prestando serviços normalmente. FOTO/VAN: Rebeca Oliveira

Muito se tem especulado sobre o futuro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São João del-Rei.  Com o vencimento, no último dia 17, do contrato com a Fundação Hospital Universitário (FHU), surgiram alguns boatos de que a UPA iria fechar. Mas, embora não esteja funcionando em condições ideais, a Unidade prossegue prestando seus serviços. A Prefeitura Municipal de São João del-Rei assumiu a gestão.

As mudanças ainda estão sendo estruturadas. “Estamos em um momento de transição e de construção da nova gestão. A Prefeitura mantém a UPA aberta pelos usuários e pelos funcionários”, afirma a Assessoria de Comunicação da Prefeitura.

São alguns desafios a serem encarados, entre eles o grande contingente de pacientes que a Unidade recebe de São João del-Rei e da região. Em Assembleia realizada na Câmara Municipal, no dia 5 de abril, a responsável administrativa na gestão da FHU, Carolina Moreira, declarou que a Unidade chega a atender 17 municípios, além do município sede.

Isso não seria um problema, se não fosse o corte na verba enviada. Embora a UPA de São João del-Rei se classifique como Porte II (ou seja,  tem no mínimo 11 leitos de observação e capacidade para atender até 250 pacientes por dia), o estado de Minas Gerais repassa ao Município o suficiente para manter uma UPA de Porte I (7 leitos de observação e capacidade para atender até 150 pacientes por dia).

Para resolver essa questão, a Prefeitura está viabilizando um acordo com o Consórcio Intermunicipal de Saúde das Vertentes (CISVER), para que os demais municípios atendidos pela Unidade também contribuam financeiramente com o seu funcionamento. Enquanto isso, há uma tentativa de acordo de gestão compartilhada entre a Prefeitura e a FHU durante quatro meses.

Além disso, a situação dos funcionários ainda está sendo regulamentada; os contratos pela FHU estão sendo transferidos para a Prefeitura. A Assessoria de Comunicação da Fundação de Apoio ao Hospital Universitário foi procurada diversas vezes para dar seu parecer sobre essa questão, mas não se manifestou até então.

A mudança de gestão ainda não causou grandes diferenças para o pedreiro Arlindo José dos Santos. Para ele, a maior expectativa é de melhora no tempo de atendimento. “Demora demais, já cheguei a esperar sete horas por atendimento médico!”, conta.

Santos também acredita que a mudança veio em boa hora. “A gestão deve ficar na mão da prefeitura, assim o povo pode pressionar quando não estiver funcionando dentro dos conformes. Insatisfação política sempre gera resultado”, conclui.

A Unidade de Pronto Atendimento prossegue prestando seus serviços 24h, na Rua Marechal Ciro Espírito Santo Cardoso, nº 173, no bairro Caieiras.

 

 

TEXTO/VAN: Rebeca Oliveira

COLABORAÇÃO: João Vitor Bessa

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