Os grandes poetas nunca morrem, nem mesmo quando deixam de existir. Fernando Pessoa é um dos eternos poetas que a língua portuguesa já teve o privilégio de abrigar. Na quinta-feira (21), a obra e o trabalho do grandeportuguês foram apresentados pela professora Dr. Lélia Parreira Duarte, por meio do debate “Fernando Pessoa e o poder da negatividade”, realizado no Centro Cultural Yves Alves, em Tiradentes. Foi realizada também a exposição de quadros “Pintando Fernando Pessoa”, elaborada pela mesma palestrante. 

 
Fernando Pessoa e seus heterônimos, autores fictícios com personalidades próprias, foram a inspiração da professora na confecção dos quadros. Segundo Lélia Duarte, sua produção busca discutir elementos das obras fragmentadas e, por vezes, estilhaçadas de Fernando Pessoa.
 
A insatisfação do poeta teria transformado-o em uma personalidade multifacetada, o que contribuiu para a criação de seus heterônimos, que aplacavam parcialmente a angústia do poeta. Como descreve a professora, “os principais heterônimos criados por ele são: Ricardo Reis, que representa um ser mais contido; Álvares de Campos, de personalidade mais emotiva; e Alberto Caeiro, a face mais suave e tranquila que o poeta vestia.” Todas essas máscaras de Pessoa também foram retratadas nas pinturas da artista.
 
Após o término da palestra, a professora, que é também escritora, realizou sorteio de livros de sua autoria aos presentes. Enói Mendes, estudante de Letras, relata a importância da palestra e o enriquecimento do tema, principalmente nas maneiras de apresentação do autor, afirmando também sobre a exposição que “as cores são muito vivas, e a força das cores desenvolve todas as ideias dos heterônimos de Pessoa”. Algumas pessoas que não conheciam a obra do autor também estiveram presentes, como o aluno de Letras, Glauco de Resende, que descreve seu interesse na exposição, afirmando “eu gosto disso, quando um tipo de arte entra em intertextualidade com outras”.

A exposição permaneceu aberta ao público até o dia 24 de fevereiro, no Centro Cultural Yves Alves, em Tiradentes.

Texto de Marlon Bruno de Paula
Fotos: Delcimar Ribeiro

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