Segundo a população, o entroncamento é perigoso, pois acontecem vários acidentes e infrações nas leis de trânsito

 

A falta de sinalização no entroncamento da Avenida Leite de Castro, BR-494 e Ponte do “Bezerrão” está preocupando os moradores da região. O tráfego é intenso durante os horários de pico, pois circulam ônibus, carretas e bitrens, além dos veículos menores, ciclistas e pedestres. Este problema tem gerado vários acidentes, incluindo vítimas fatais.  

A moradora do bairro Fábricas, Rosana Heloísa Silva, 50, relatou ter presenciado vários acidentes no local. Para ela, um semáforo é a melhor alternativa de solução do problema sobre o fluxo diário de veículos. Durante an

os residindo próximo ao entroncamento, a moradora afirma não ter recebido nenhuma proposta do poder público para melhorias: “Nem promessas houveram. Mesmo com a queda da ponte de Nazareno, que promoveu o aumento do fluxo por aqui, eles não vieram resolver o problema.” Ela pede para que os representantes municipais olhem o lado dos moradores, visitantes e estudantes da universidade.

Outros moradores também relataram os seguintes problemas: a placa indicando o Aeroporto e a saída para Belo Horizonte e Resende Costa não está visível  para os motoristas há mais de um ano; o tamanho da placa que indica “Rua Sem Saída”, na Rua dos Juventos que, segundo eles, fazem com que caminhoneiros errem o caminho de saída da cidade; e das estruturas da ponte, que estão precárias, à risco de ceder.

O caminhoneiro Willian Rodrigues Mateus, 40, expressa sua indignação a respeito do cruzamento: “Uma bagunça, não tem sinalização nenhuma, os motoristas não tem educação, o fluxo de pessoas é muito grande. No horário de rush, isso vira uma muvuca, ninguém sabe de quem é a preferência.” Willian também reclama do semáforo na Rua Josué de Queiróz, bairro Matosinhos, que está queimado há quatro meses e, até o momento, não houve reparos.

Para a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ, Liziane Peres Mangili, 40, no entroncamento há problemas pontuais: por ser um cruzamento perigoso, com fluxo intenso de veículos em diferentes sentidos. Liziane aborda a falta de logística de trânsito no local, uma vez que, para ela, é necessário planejamento urbano, que consiste em: criação rotas de desvio, principalmente de caminhões; faixa de pedestres nas vias; sinalização para melhorar o ordenamento do cruzamento (semáforos, sinalização horizontal); acessibilidade para pessoas com deficiência (calçadas mais largas). A professora ainda critica a não regulamentação das construções no local: “Construções rentes à rodovia, não respeitando a faixa de no mínimo 15 metros, que o DER [Departamento de Estradas de Rodagem] coloca como obrigatório.”

O Cruzamento compromete tanto os motoristas de veículos pequenos quanto os de veículos grandes. Foto/VAN: Bárbara Morais

             O diretor operacional de trânsito da prefeitura de São João del-Rei, Laurivaldo Ferreira Alves, 52, esclarece que a placa indicativa do final da Avenida Leite de Castro, necessita de um caminhão muck, da qual a prefeitura não dispõe como recurso, para retirá-lo para conserto, ou seja, não haverá algum retorno no momento.

As placas de sinalização também se encontram em estado crítico e não auxilia os motoristas. Foto/VAN: Bárbara Morais

Sobre a sinalização do entroncamento, Laurivaldo afirma já ter comprado os semáforos, num valor de cerca de R$ 80 mil, e está esperando a empresa responsável realizar a entrega que, segundo ele, está atrasada. Após serem entregues, a previsão de instalação é de aproximadamente quatro dias, nos três pontos que compõem o cruzamento. Serão colocados semáforos modernos que contam com mensagens aos motoristas e repetidores nas laterais. O horário de funcionamento será das 6h às 0h, depois desse horário ele ficará em alerta, devido ao menor fluxo de veículos. Além disso, serão consertados os semáforos da Rua Frei Cândido com a Avenida Leite de Castro e o da Rua Josué de Queiroz, no bairro Matosinhos.

Laurivaldo informou que a única alternativa viável para o entroncamento foi a do semáforo, depois de muitos estudos feitos no local. Logo, não serão feitas alterações na veiculação de automóveis no entroncamento.

Sobre a Rua dos Juventos, o diretor de trânsito explicou que a placa indicando “Rua Sem Saída” está dentro das normas estabelecidas para o perímetro urbano, não pode ser alterada, e cobra atenção dos caminhoneiros perante ela. Ele também informa que o tráfego não será prejudicado e que está estudando uma alternativa de abrir uma saída para a rua.

 

Rumores:

 

Laurivaldo esclareceu algumas informações ditas pelos moradores que, segundo ele, estão equivocadas: a Ponte do “Bezerrão” não corre risco de ceder, porque, esta ponte já sobreviveu a diversas enchentes e nunca caiu. Quanto ao Anel Viário que sairia da BR-494, passando pela BR-383 até a Rodovia Miguel Batista, ele afirma que não há possibilidade de ser feito, pois a Prefeitura não se dispõe de recursos para o projeto, porém um projeto de Anel Viário da cidade que se iniciará na Colônia está sendo avaliado, mas é de total  responsabilidade do Governo do Estado.

 

Texto/VAN: Carla Marques e Emerson William
Foto/VAN: Bárbara Morais

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