Por Carolina Costa, Celine Almeida, Lays Fortes e Vitória Cristina

Em uma sociedade hipermidiática, o ato de se informar ficou ainda mais simples e
imediatista. Isso porque é possível ler notícias do mundo inteiro em qualquer dispositivo
móvel com acesso à internet, independente da localização do indivíduo. No entanto, não
podemos deixar de lado os periódicos regionais, produtos de extrema importância para o
local, já que levam notícias e informação das cidades e sua região, além de ocorrências
policiais, denúncia de leitores e programação de eventos e atividades culturais.

O Jornal das Lajes, por exemplo, é um periódico mensal da cidade de Resende Costa de
circulação regional. Nascendo de um ideal de resgatar a memória e cultura local,
gradualmente foi se transformando em uma sólida realidade, até adquirir a força e
credibilidade que tem hoje. Não à toa, o Jornal das Lajes completa 20 anos de história no
próximo ano, cumprindo seu papel regional de informar, resgatar e promover a cultura, além
de incentivar a leitura e promover debates que formam opiniões.

Grande parte do que o jornal é hoje é graças aos seus colaboradores, que perseveraram nas
dificuldades e acreditaram no poder de transformação de um jornalismo sério e independente.
O jornalista e editor-chefe do JL, André Eustáquio Melo de Oliveira, está na equipe desde a
criação do periódico, fazendo parte de toda história e evolução do veículo.

“Ingressei-me no Jornal das Lajes em abril de 2003, quando, a convite do Denilson Daher,
aceitei escrever um artigo sobre a Semana Santa de Resende Costa. Era a primeira edição,
que circulou a partir do dia 14 de abril de 2003. De lá para cá, criei uma afinidade incrível
com o grupo fundador e, especialmente, com a ideia inovadora deles de criar um jornal
impresso mensal em Resende Costa. Foi então que criamos diversas colunas e demos início
ao projeto editorial do JL que vigora até hoje”, conta o jornalista.

Para ele, a luta é diária na hora da publicação de um jornal impresso de qualidade, mantendo
a missão primordial da imprensa enquanto formadora de opinião, mediadora social e
incentivadora da cultura, ou seja, atendendo aos ideais que deram origem à folha. “Quando

ouço elogios dos leitores ou até mesmo críticas, sejam elas construtivas ou destrutivas, tenho
a certeza de que cumprimos nossa função”, relata André.

Histórico do Jornal das Lajes

Criado em 2003 por um grupo de jovens estudantes liderado por Denilson da Matta Daher, o
Jornal das Lajes foi crescendo até chegar ao formato atual. Em 2007, cinco sócios fundaram a
Empresa Jornal das Lajes LTDA e o jornal passou a ser impresso oficialmente em Belo
Horizonte, nas oficinas da Gráfica FUMARC. Nesse período, sua tiragem era de 3.000
exemplares e 12 páginas.

Foi também em 2007 que a equipe decidiu iniciar a cobertura jornalística regional, a partir do
ingresso do jornalista José Venâncio de Resende. O JL, portanto, deixa de ser somente um
jornal local e passa a ter em sua pauta reportagens de cidades da região, especialmente São
João del-Rei.

Em 2013, devido ao salto regional, os jornalistas perceberam a necessidade de aumentarem a
tiragem novamente, assim como o número de páginas. O JL atualmente tem 16 páginas e uma
tiragem de 2.000 exemplares. A circulação oficial é Resende Costa e São João del-Rei, mas
outras cidades da região das Vertentes também têm acesso ao jornal, como: São Tiago, Entre
Rios de Minas, e Coronel Xavier Chaves, além dos assinantes espalhados por diversas
cidades do Brasil.

Contribuição do Jornal das Lajes para a região

A partir do momento em que o Jornal das Lajes começou a cobrir as cidades próximas a
Resende Costa, ficou ainda mais claro o seu propósito de colaborar com a cultura da região,
criando elos entre a população e o poder público, dando voz ao cidadão, informando,
incentivando a leitura e recuperando a história/memória das cidades.

Hoje, o JL é reconhecido como um jornal cultural, devido às inúmeras colunas de
literatura, gastronomia, música, política etc. O compromisso editorial é com a informação,
mas também demonstra o interesse em promover o debate, contribuindo com os leitores na
formação de opinião.

André se orgulha do papel de mediador social do periódico para Resende Costa e região,
afirmando: “nesses quase 20 anos de história, o JL tornou-se um importante veículo de
imprensa e comunicação local e regional para se informar, resgatar, valorizar e promover a
cultura. Assim, cumprimos a finalidade de valorizar o jornalismo sério, desempenhado com
paixão e profissionalismo”, finaliza.

Editor-chefe André de Oliveira segurando exemplar do JL de Junho de 2022