Fator Rh negativo é o que está em menor quantidade

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Boa parte da população não tem consciência da importância da doação de sangue e quantas vidas cada doador pode salvar. O Hemominas de São João del-Rei não tem recebido doações necessárias de pessoas portadoras do fator RH negativo, que é o mais raro entre os fatores, garante a funcionária do setor de capacitação Elizabeth. De acordo com o núcleo, apenas 11,2% da população total possui o fator Rh negativo. Muitos não doam por medo, por desconhecimento do tipo sanguíneo ou por não se enquadrarem nos requisitos.

O centro de doações da cidade atende cerca de 26 hospitais da região. Atualmente, ainda realiza coletas em cidades próximas, buscando reforçar seu estoque com uma unidade de coleta na cidade de Lavras, o PACE (Posto Avançado de Coleta Externa).

Elizabeth garante que os grupos ‘O’ e ‘A’, ambos de Rh negativo, estão em falta no núcleo de doação. Diz ainda que apenas 4% da população são-joanense que possui o tipo sanguíneo ‘O’ Rh negativo e 6% possui tipo ‘A’ Rh negativo estão cadastrados no centro, mas não fazem doações regulares. Para manter o estoque ideal, ela garante que são necessárias uma média de 15 doações semanais.  Porém, atualmente, o registro semanal de doadores de fator Rh negativo no Hemominas varia entre 8 a 10 pessoas e, segundo Elizabeth, existe o caso de um único receptor precisar da doação de 6 bolsas de sangue, chegando a quase esgotar o estoque diário do local.

As irmãs e professoras, Maria Aparecida dos Santos e Vera Lúcia dos Santos, disseram ter, as duas tipo sanguíneo ‘B’ Rh negativo. Entretanto, Maria Aparecida afirma não doar por estar abaixo do peso. Já sua irmã diz ter tido trombose recentemente, o que neste caso inviabiliza a doação.

A mãe das duas, Efigênia Lisboa dos Santos, de 80 anos, possui sangue tipo ‘O’ Rh positivo, mas não se enquadra no grupo de doadores, que só é permitido a pessoas de até os 68 anos, segundo a cartilha do Hemominas. Ela garante ainda que, quando jovem, não havia divulgação nem incentivo para doar, e por esse motivo ela diz nunca ter doado.

Outro fator que prejudica a doação é que algumas pessoas têm medo do que pode acontecer durante o procedimento. A responsável pelo setor de coleta, Elizabeth, garante que o doador não sente mal-estar durante a coleta, e que o sangue é reproduzido automaticamente horas depois.

A são-joanense Dora Auxiliadora diz ter medo do procedimento e afirma nunca ter doado e nem ter pretensão de doar. Já a atendente Cleusa Silva, possuidora do tipo sanguíneo ‘O’ Rh positivo, decidiu fazer a doação, porém como fez uma cirurgia há pouco tempo, ficou incapacitada de realizá-la.

Arte: Laila Zin
Arte: Laila Zin

A identificação dos tipos sanguíneos é feita através das hemácias. Eles são divididos em quatro grupos: O, A, B e AB,e possuem dois fatores Rh, positivo e negativo. Os que possuem tipo ‘O’ RH negativo são considerados doadores universais e os que possuem tipo AB Rh positivo, são considerados receptores universais. De cada doador, são retirados apenas 400ml de sangue, que resultaram em quatro segmentos que poderão ser doados para quatro pessoas distintas. 

Todas as informações de como doar podem ser conferidas clicando aqui.

Arte: Laila Zin
Arte: Laila Zin

TEXTO/VAN: NARA MENDONÇA

FOTO: DIVULGAÇÃO

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