Quinta-feira teve noite especial com a abertura de um dos festivais de cerveja mais famosos do interior de Minas Gerais

O dia foi marcado pela abertura dos estandes no largo da rodoviária e o show da banda Fuso Zero. Luiz César Costa, idealizador do evento, conta que o festival vem crescendo a cada ano e que nesta edição espera bater a meta de 18 mil pessoas. Com a participação confirmada de 27 cervejarias, o festival de cervejas especiais está em sua quarta edição e já é considerado um dos maiores do interior de Minas Gerais.

Ao falar sobre a criação do festival Luiz César enfatiza o nome, uma junção de Bier, cerveja em Alemão, com Trem referente a maria fumaça. “Como bom cervejeiro e como gosto muito da maria fumaça, eu achei legal juntar a ideia do trem com a cerveja, então ficou legal essa ideia do TremBier. Tem gente que pensa que é “trem” de mineiro…” Ele explica que, além de divulgar as marcas parceiras, o foco do evento é trazer um retorno positivo para a cidade, como o comércio local e os polos gastronômicos. Ainda no início do evento, as pousadas da cidade já estão com 70% de lotação.

O cervejeiro Sidney José de Paiva Soares trouxe sua excêntrica marca para o festival. Ele conta que a “Barock” surgiu há quase quatro anos, quando começou produzir cerveja caseira, para o próprio consumo. Desde então, o produto artesanal de Sidney que também já se chamou “Barroca”, ganhou uma nova roupagem. Trazendo a ideia do bar, do rock e do barroco em alemão, o novo logotipo da cerveja marca seu primeiro ano no ramo profissionalmente. Mesmo não sendo a primeira participação de Sidney no evento, a divulgação da “Barock” tornou-se o foco principal de sua participação nesta edição.

Sidney ainda comenta as diferenças entre as cervejas. Quando questionado sobre o que diferencia a cerveja artesanal das demais, ele ressaltou que as cervejas populares possuem mais ingredientes além do malte ou cevada. Isso não acontece com as artesanais que geralmente trazem cem por cento de malte em sua composição, além de um processo mais lento para garantir a qualidade. Já entre as artesanais, Sidney acredita que as diferentes essências variam de acordo com o processo de produção: “é a pegada do cervejeiro. É como ele vai colocar o conhecimento dele na produção.”

O professor universitário, Daniel Vidone, que estava presente no evento, falou a respeito de como a primeira edição do festival despertou, nele e em um grupo de amigos, a paixão por cerveja. A curiosidade foi tamanha que passaram não só a degustar a bebida como produzi-la também. Para ele, cervejas artesanais são aquelas feitas em pequenas escalas para não perder a qualidade, diferentemente das convencionais.

O festival segue até dia 7 de maio. Além dos shows, cursos e estandes, esse ano a exposição conta com a “segunda competição de cervejeiros de panela” que, segundo Luiz, foi uma forma encontrada por eles de reconhecer pequenos produtores e, quem sabe, motivar a profissionalização do hobbie.

Texto/VAN: Sagner Alves, Scarlet Freitas, Victória Souza

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