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Foto: Rafael Scaldini

As vias de São João del-Rei estão tomadas de meios de transporte com variados tipos de trações. Apesar do número de automóveis terem crescido significativamente nos últimos anos, eles ainda têm que conviver diariamente como outro veículo que também tem se tornado cada vez mais comum nas ruas da cidade: as bicicletas.

Motoristas e ciclistas dividem espaço nas mesmas vias movimentadas, o que aumenta ainda mais os riscos de acidentes. Giselle Mara é estudante de teatro e diz “fazer tudo de bicicleta”. Ela afirma que os desafios que enfrenta cotidianamente vão muito além do trânsito. “O problema mesmo é a falta de educação; eu sempre procuro andar do lado direito da rua, mas fica muito difícil se o motorista não dá seta, se ele não olha no retrovisor antes de abrir a porta. A gente fica sem saber o que fazer”, reclama.

Já o motorista e instrutor de auto-escola Sandro Almeida destaca a falta de atenção dos ciclistas nas vias da cidade. “Parece que por estar conduzindo um veículo não-motorizado, isso dá ao ciclista um parecer de que ele pode tudo no trânsito. E não é assim. Dificilmente você vai ver um ciclista olhando para trás, ou respeitando uma distância segura do carro. Isso faz com que o motorista tenha um compromisso ainda maior para evitar acidentes”, pondera.

Tanto a ciclista Giselle Mara, quanto o motorista Sandro Almeida concordam que o ideal seria a construção de mais ciclovias dentro de São João del-Rei. Contudo, o diretor do Departamento de trânsito do município Aracélio José dos Santos afirma que ainda não existe nenhum projeto a respeito desse  assunto. “O setor de Engenharia da faculdade (Universidade Federal de São João del-Rei) até apresentou o esboço de uma ciclovia que liga as principais ruas de São João del Rei, mas isso não tem nada a ver com a Prefeitura; é um estudo a parte”, declara.

O diretor salienta ainda que para se criar mais ciclovias na cidade seria preciso primeiro “estruturar o trânsito”, o que exige estudos. O que está sendo preparado pelo departamento são bicicletários. “Hoje vemos bicicletas amarradas em postes, árvores, lixeiras. Então os bicicletários vão chegar para solucionar esse problema de locais para deixar as bicicletas. Agora, em relação à bicicleta no trânsito não temos nenhum projeto”, finaliza Santos.

Texto: Thobias Vieira

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