Com a proposta de exibir as paisagens do centro histórico de São Jão del-Rei, o artista Marlon Marcos Martins inaugura o espaço Galeria Escada com sua primeira exposição individual denominada “São João del-Rei em nanquin” . A exposição acontece no Centro Cultural da UFSJ  (Solar da Baronesa) até o dia 29 de setembro, à convite do professor e chefe de projetos artísticos e culturais da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX) Alfredo da Costa Bastos.
Para Alfredo, a Galeria Escada é um espaço alternativo para que possa haver mais de uma exposição simultaneamente, sendo que a Galeria prevê a mostra de obras penduráveis, não tridimensionais, em virtude das características do espaço e também a fim de atender a demanda de exposições com reduzido número de obras. “O espaço foi idealizado pelo professor e pró-reitor da PROEX Paulo Henrique Caetano, e sua pré- estreia ocorreu durante o 26ª Inverno Cultural, com a exposição “Neguin”, de Daniela Paoliello”, afirma Alfredo.
O autor da exposição Marlon Marcos Martins conta que é técnico em arquitetura, de maneira que se familiarizou com o uso da caneta nanquin para desenhos de plantas baixas, antes do advento do Autocad (programa de computador utilizado para a elaboração de peças desenho técnico). Além disso, teve grande influência do primo, que era engenheiro. Marlon também transita entre outros temas, mas sente orgulho de sua cidade, portanto, recria sua arquitetura e paisagem em traços finos e riqueza de detalhes. 
Entre as impressões resgistradas estão a Rua do Carmo, a Ponte da Cadeia, a Rua Santo Antonio, a Rua da Cachaça e o Anjo da Morte, presente na Igreja São Francisco de Assis. “Tentei, por várias vezes, fazer uma exposição com minhas criações e a persistência e crença no valor de meus desenhos renderam o convite de Alfredo para a inauguração do novo espaço do Centro Cultural”, explica  Marlon.

Para o estudante de Filosofia da UFSJ Felipe Fernandes, o artista recriou os traços de São João de forma romântica e sutil. “A representação que ele criou faz mudar o jeito de a gente ver a cidade, faz a gente ver que o espaço da arte não é um lugar abstrato e vazio, mas o lugar concreto onde a gente está e vive”, finaliza.
VAN/Ana Martins; Dani da Gama
Foto: Dani da Gama

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