A inclusão de pessoas com deficiência tem sido um tema bastante abordado e cada vez mais instituições de ensino da rede pública têm aderido a novos métodos para promover a real integração social e educacional desse público. Diretora de uma escola em São Tiago, Solange Santos explica que esses alunos precisam de “uma atenção maior na aprendizagem, de apoio pedagógico”, não sendo, porém, os únicos beneficiados. “Quem ganha com isso [também] é a escola, a família e a sociedade”, completa.

A diretora comenta ainda que uma das ações dentro da política de inclusão de pessoas com deficiência tem sido a contratação de profissionais capacitados para auxiliar esses estudantes no processo de aprendizagem. Solange Santos afirma que a Escola Estadual Henrique Pereira Santiago, instituição em que atua como diretora, possui uma “Sala de Recursos em contraturno escolar do aluno matriculado, onde é possível obter, através dos recursos pedagógicos, formas de acompanhar o aprendizado no seu tempo e com a turma e, assim, [o aluno deficiente] pode elevar seus conhecimentos de maneira individualizada”.

Maria da Conceição dos Santos é professora de apoio pedagógico dos anos iniciais do Ensino Fundamental e fala da sua experiência e prazer em trabalhar com alunos de inclusão. Segundo ela, é feito um planejamento diferenciado, juntamente com os professores dos alunos e equipe pedagógica, de forma que “o aluno, ao seu tempo e com o nosso trabalho pedagógico, tenha condições de dar sequência nas atividades propostas para o seu ano escolar”.

Carine Almeida, professora de apoio pedagógico dos anos finais do Ensino Fundamental, pontua que as escolas devem se organizar para melhor atender esses alunos. Além disso, há a responsabilidade das secretarias de educação em fazer valer a legislação que trata do tema “inclusão” e de como se dá a formação do profissional da área.

A professora afirma, no entanto, que “no estado de Minas, não existe ainda uma graduação de licenciatura plena em Educação Especial. Somente a PUCMINAS oferece um curso de graduação sequencial, com duração de 2 anos, de Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa, que engloba várias áreas necessárias à formação do professor que atua junto a alunos de inclusão. Fora disso, existem pós-graduações e cursos de capacitação presencial ou à distância, que dão grande base para interessados que queiram trabalhar nesta área”, ressalta.

Texto: VAN/Marcus Santiago
Foto: Marcus Santiago

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