As discussões foram sobre os processos de escrita e a sua importância como forma de autoconhecimento.

Nesta quinta-feira (27), a Sociedade de Concertos Sinfônicos recebeu, a partir das 17h, a programação do Festival de Literatura de SJDR e Tiradentes – FELIT. O segundo dia de evento trouxe lançamento coletivo de livros e conferências com os temas: Tiradentes: A vida do alferes que virou mártir e Histórias do Sertão e do Vasto Mundo.

A programação foi aberta com uma conversa mediada pela educadora Sônia Moraes entre os autores Pedro Américo de Farias, Sara Giane, Gisele Nazaré, Fabiano Fuscaldi e Maria do Socorro Nunes Macedo. Eles debateram sobre seus respectivos livros em lançamento: Coisas, Poemas, etc, O Segredo do Jardim, A Vida Secreta de uma Borderline, Era Uma Vez Uma Saudade, Educação Literária: mediação e práticas pedagógicas e O Que Ficou na Fotografia.

Encontro entre os autores Sara Giane, Gisele Nazaré, Maria do Socorro Nunes , Fabiano Fuscaldi, Padro Américo de Farias (Foto/VAN: Júlia Ribeiro)

Além de contarem sobre seu contato com a literatura e sobre o processo de criação de seus livros, os autores convidados leram uma prévia de sua obra. Gisele Nazaré, escritora do livro A Vida Secreta de Uma Borderline, escolheu a seguinte frase para representar seu trabalho: “Você é uma graça, menina, impossível não te amar”. Já a escritora Sara Giane, nascida em SJDR e residente em Dores de Campos, é autora do livro O Segredo do Jardim; as crianças de sua convivência inspiraram os personagens de seu livro.

O poeta, escritor e editor, Pedro Américo de Farias, é autor do livro Coisas, poemas, etc. Ele, que compôs seu primeiro livro aos 20 anos, conta que escreve brincando com as palavras, com o som delas. “Essa coisa de que a gente escreve pra ninguém é uma fantasia, uma frase feita, todo mundo escreve pra ser lida”, afirma o poeta.

Livros para autógrafo do escritor Pedro Américo (Foto/VAN: Júlia Ribeiro)

Houve também uma feira literária não só com obras tradicionais da literatura brasileira, mas também daqueles presentes na programação do evento, como o jornalista Lucas Figueiredo. Para a estudante de Letras e Pedagogia, Michele do Carmo Gomes, o evento dialoga diretamente com a sua formação; está participando pela primeira vez, pois não  conhecia a iniciativa. “São temas bem interessantes que, às vezes, acontecem na nossa cidade e a gente nem fica sabendo”, esclarece.

Em suas edições o FELIT tem tido como pauta  a discussão sobre a produção literária brasileira, tendo em vista o pouco investimento que ela recebe no país. Para a escritora e professora do Departamento de Educação e Pós-graduação em Educação da UFSJ, Maria do Socorro Nunes, há avanços nas políticas públicas, mas as escolas ainda precisam melhorar. “O texto literário não aparece na rotina do aluno dentro da escola; a biblioteca, quando disponível, não possui um projeto para a formação de leitores”, afirma.

O 12º Festival de Literatura de São João del-Rei e Tiradentes segue a sua programação até o dia 30 de setembro.

Texto/VAN: Júlia Ribeiro e Leonardo Emerson
Foto/VAN: Júlia Ribeiro

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