A
internacionalização do cinema brasileiro foi um dos debates mais
aguardados na 16ª mostra de cinema de Tiradentes. O seminário lotou
o Cine-Teatro, nesta terça feira, dia 22, no centro cultural Yves
Alves. O cinema nacional sobre a ótica estrangeira foi à temática
central da narrativa do encontro, com produtores e programadores do
cenário nacional e internacional com interesse de levar nosso cinema
para fora do país.
O seminário foi
mediado por Eduardo Valente, assessor internacional da ANCINE/RJ,
este discutiu sobre a participação irregular do Brasil na
participação dos festivais internacionais em tempos anteriores. O
participante do debate José Roberto Rocha Filho, da divisão e
promoção do audiovisual no ministério exterior, destacou ações
do governo ciente de tal situação “A partir desse momento que
permitimos que eles estivessem lá, maiores será o intercâmbio dos
filmes, [Temos] que buscar uma experiência mais internacionalizada
[…] O Brasil possui interesse particular em co-criações
internacional” pontua. Ele anuncia alguns incentivos do governo
nessa direção, como a criação do prêmio Itamarati, que promove a
produção audiovisual dentro do país e ,as parcerias realizadas com
mais diversos países, como Inglaterra, Índia, Portugal e Israel, em
busca do acesso ao mercado estrangeiro.
André Sturm,
presidente do Cinema Brasil, reforça também outro programa do
governo, a fim de sanar essa dificuldade de mercado, segundo ele, o
cenário de ausência da participação brasileira em festivais
internacionais está se reduzindo com o incentivo a circulação dos
produtores e formação de novas parcerias com as co-produções. “A
gente percebe a penetração, o que não é uma invasão do cinema
brasileiro em outros países” relata.
A Argentina é um
importante parceiro brasileiro na co-produção, ano passado os
números de produções dos dois países superam os que o Brasil
detinha com Portugal. Essa parceria fez com que estreitassem a
ligação dos dois países. Diego Marambió, coordenador do festival
Ventana Sur e gerente de assuntos internacionais, relata da qualidade
do cinema brasileiros, mas segundo ele, isso fica no país, falta
incentivo para extrapolar as fronteiras. A programadora da Quinzena
dos realizadores do Festival de Cannes, na França, relata que já
participou de outras edições da Mostra de Tiradentes e descreve a
multiplicidade do cinema Brasileiro na diversidade das produções
cinematográficas, e concluiu a importância do incentivo ao debate
sobre esse assunto.

O seminário
apresentou as dificuldades e os projetos que se tem feito para a
divulgação do cinema brasileiros no mundo. A soluções e os
olhares estrangeiros sobre produção convergiram em uma solução
para a internacionalização do nosso cinema, e fica evidente que o
apoio mútuo de outros países é de grande importância como
catalisador desse processo.

Reportagem: Marlon de Paula
Fotos: (CC-BY SA) Overmundo

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