Foi recentemente realizada, em Morro do Ferro, a 3ª edição do projeto Redação Premiada. Conforme edições anteriores, o projeto tem por objetivo levar a comunidade local a discutir sobre temas ambientais de grande relevância para a localidade. Previamente, os interessados se inscrevem com uma ou mais redações sobre os temas propostos e, um dia antes da entrega dos prêmios, a equipe comunica aos autores das redações selecionadas para comparecerem no dia da premiação.

Como de costume, o evento foi realizado na Escola Estadual São João Batista, contando com a presença de autoridades do ramo ambiental, diretores de escolas, convidados e finalistas do concurso Redação Premiada.

Ildeano Silva, ambientalista e idealizador do projeto, nos conta como tudo começou, seus objetivos e, hoje, as contribuições para conscientização sobre as questões ambientais na comunidade local. “O Projeto Redação Premiada surgiu em 2012, com a intenção de fazer com que sociedade ficasse mais atenta aos problemas ambientais locais. Porque todos os temas que são colocados juntamente ao regulamento requerem que o participante disserte sobre as questões ambientais da localidade, e não de forma globalizada. Por isso é que criei a Redação Premiada. Esse projeto não está vinculado a nenhum órgão público ou privado e nenhuma outra entidade. É um projeto pessoal que elaborei e que, hoje, conta com o apoio e parceria de empresas e particulares com doações de prêmios, e também com a escola para realização evento”, afirma o idealizador.

Maria Aparecida Nery considera relevante a participação na Redação Premiada como o caminho para a preservação do Meio Ambiente. Neste ano levou seu filho Eric para participar. “Não é a primeira vez que participo da redação premiada. Os temas que concorri foram ‘o Rio Jacaré’ e ‘o Progresso Ambiental’. Acho importante participar deste projeto, porque podemos contribuir para a preservação do Meio Ambiente. Esse ano, meu filho Eric (12) também participou da redação e procuramos escrever sobre a importância de projetos como esse para a preservação e cuidados com o Meio Ambiente”, ressalta Maria Aparecida.

Josiane Natália, que já participou de outras edições, comenta que se inscreveu em todos os temas, inclusive o da fotografia. Ressalta também que, ao pesquisar para escrever as redações, acaba aprendendo e, consequente, contribuído com a conscientização e o respeito à natureza. “Participo do Redação Premiada desde a sua primeira edição e esse ano concorri aos três temas. A que era da categoria foto, fotografei uma lixeira de coletas seletivas e coloquei um relatório que fez com que a foto ficasse interessante. Ao participar deste projeto, acabamos colaborando para a conscientização das pessoas. Os prêmios são uma forma de incentivar as pessoas da comunidade a produzirem redações com temas que envolvam cuidados com a preservação da natureza local. Minha filha Sabrina (7) participou esse ano pela primeira vez e foi premiada com o desenho que fez. Gostou muito e me disse que no ano que vem irá participar. Como o evento acontece na escola, é uma forma de despertar nas crianças essa consciência de preservação. Elas icam motivadas com os prêmios e, com isso, poderão também ter atitudes para cuidar da natureza”, registra Josiane Natália.

Janice Silveira, professora das disciplinas de Meio Ambiente e Recursos Naturais do reinventando o Ensino Médio, da Escola São João Batista, fala da importância de projetos como esse para a comunidade e da sua prática pedagógica junto aos alunos: “Acredito na contribuição de projetos para a conscientização da população. Hoje as causas ambientais estão sendo muito discutidas em todos os âmbitos e trazer projetos como esse para dentro da escola se torna um referencial nessa sensibilização e conscientização. É preciso mostrar para a comunidade a  importância que o Meio Ambiente tem para a nossa vida e para o local onde vivemos. E o Reinventando o Ensino Médio (REM) traz isso como proposta diferente para o ensino na rede pública, como uma contribuição  para a  aprendizagem mais participativa e mais comprometida com a construção social. Dentro disso, estamos desenvolvendo um trabalho aqui em  Morro do Ferro que se chama ‘O Diário de um Rio’. É um projeto que visa pesquisar toda a história de um dos principais cursos d’água que temos aqui na região, o Rio Jacaré. Então vamos fazer um levantamento de como ele era no passado e de como ele está no presente e qual é o futuro preferencial desse rio para nós e para toda a comunidade de Morro do Ferro”, destaca Janice Silveira.

Texto: Marcus Santiago
Foto: Piter Matos

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.