Iniciada no final de maio pela Guarda Municipal da cidade, a campanha do agasalho encerra nesta última semana de junho, com dezesseis pontos de coleta distribuídos pela cidade.

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A entrega pode ser feita em estabelecimentos como a Igreja São Francisco, rodoviária e alguns supermercados. A campanha já realizou entregas no Albergue Santo Antônio e na pastoral social do matozinhos, e pretende até sexta-feira, realizar doações na Sopa do vovô faleiro, (tradicional projeto nos fundos do prédio da AME que serve refeições a pessoas necessitadas) e na Casa Lar do bairro colônia, (entidade que abriga crianças e adolescentes em situação de risco). Decisão que foi tomada após a grande arrecadação também de agasalhos infantis.

O projeto, dessa vez idealizado pela guarda municipal de São João del-Rei, é comum durante os meses de inverno em várias cidades do país. Com o intuito de aquecer as pessoas que não possuem condições de adquirir um agasalho, realiza-se a arrecadação e distribuição de roupas, mantas e cobertores. De acordo com Elvis de Rezende, assessor de comunicação da guarda municipal, além da segurança urbana e da manutenção do trânsito, a guarda também é responsável por desenvolver projetos e campanhas com viés social. Além da tradicional blitz educativa onde são distribuídas orientações sobre o comportamento de pedestres e motoristas, a conscientização para doação de sangue e a atual campanha do agasalho são exemplos que vem acontecendo desde a formação da guarda em meados de 2016. Para ele, a população tem reagido bem, e as doações têm suprido a demanda com folga.

No Albergue Santo Antônio, local onde as primeiras doações foram encaminhadas, as doações chegaram em momento de necessidade. Para Cleusa Ferreira, auxiliar administrativa da entidade, a necessidade é grande: “Nessa época gastamos muito mais agasalhos, porque demoram mais a secar, então para a gente foi de muito grande valia”. O albergue funciona a 105 anos e abriga cerca de 80 idosos, oferecendo serviços como fisioterapia, assistência médica e psicológica. Além da alimentação e suporte emocional. E desde o início, sobrevive exclusivamente de doações e parcerias.Nesta campanha, após receber os agasalhos, estes são devidamente higienizados, etiquetados e distribuídos entre os idosos.

Na cidade, as temperaturas têm chegado a mínima de até 6°C durante o mês de junho e de acordo com as previsões, as baixas temperaturas devem se estender até o final de julho. O que reforça ainda mais a necessidade da campanha.

Segundo a secretária da cultura e turismo Magda Campos, o projeto é de extrema importância porque muitos não possuem condições de comprar um agasalho ou um cobertor, e para ela isso é bastante recorrente em cidades com inverno mais rigoroso. No teatro municipal, que é um dos postos de arrecadação, as doações não tem sido muito frequentes, o que ela atribui a falta de divulgação. “Eu acho que deveriam estar divulgando mais, por aqui estar localizado no centro deveria ter tido mais doações aqui, o que não aconteceu muito. a não ser quando tem alguma coisa aqui no teatro que algumas pessoas acabam trazendo algo, mas ainda é muito pouco.”

Em contrapartida, pontos em igrejas e supermercados tiveram arrecadação bem maior, pelo fluxo maior de pessoas.

Texto/VAN: Agnes Monteiro e Bárbara Morais

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