Na próxima terça-feira, 08, a cidade dos sinos celebra 302 anos. FOTO: THIAGO MORANDI
Na próxima terça-feira, 08, a cidade dos sinos celebra 302 anos. FOTO: THIAGO MORANDI

Na próxima terça-feira, 08, São João del-Rei comemora 302 anos. São 302 anos contados na arquitetura barroca das igrejas. São 302 anos de sinos repicando. São 302 anos de ruas e ladeiras feitas de pedras e paralelepípedos. São 302 anos de uma cidade que leva a história brasileira ao século XXI.

São João del-Rei.Terra do minério, dos escravos, dos senhores de engenho, da Maria Fumaça. Cidade dos sinos, turística, universitária. Município que as ruas respiram cultura, religião e diversidade. Berço de grandes nomes da política brasileira. Palco de diversas lutas.

As ruas pelas quais, hoje, passam automóveis, já foram caminho para carros de boi e pequenas carruagens, que levavam a burguesia de vestes suntuosas demais para caberem nas calçadas. Avenidas e travessas lotadas de pessoas apressadas, muitos universitários, outros políticos e, ainda, os músicos, atores, pintores e artesãos que transformam a cultura cotidiana em arte.

Assim como o contraste entre os bairros Centro Histórico e Fábricas, a população se divide. A política se balanceia entre os conservadores e evolucionistas. Aceitar ou não que o mundo mudou? Numa cidade que a história está por todo lugar, é difícil, principalmente, para quem nasceu são-joanense, se adaptar as idas e vindas dos estudantes e turistas e, com eles, os vários choques culturais.

É nesse choque de culturas que abriga a magia do antigo Arraial Novo de Rio das Mortes. É ter o prazer de escutar uma orquestra se apresentar na Igreja do Carmo e continuar a noite no Bar do Carioca ao som de um sertanejo, samba, MPB ou pagode. É poder topar com estátuas militares e crucifixos espalhados pela cidade, como também com pichações e terreiros de Orixá. É a possibilidade de viver o passado no presente e se identificar no tempo.

Parabéns, São João del-Rei! Parabéns por acolher aqueles que por aqui passam, por sustentar sonhos e loucuras que, no final, dão sempre certo. Parabéns pelos belos monumentos que têm, pelas histórias e lendas que correm as bocas, por saber conciliar mundos diferentes dentro de seu território!

TEXTO/VAN: RAFAELA DOMINGUETI

FOTO: THIAGO MORANDI

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