Uma biografia de Machado de Assis, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras
Texto: Arthur do Vale, Elivelton Cosme, Talita Nifa e Fernanda Belo
Revisão: Samantha Souza
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839 no Rio de Janeiro, sendo considerado, até os dias atuais, um escritor de grande renome da literatura brasileira. Machado de Assis foi, ainda, fundador da cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras, e por mais de dez anos ocupou a presidência da instituição, que ficou também conhecida como Casa de Machado de Assis, conforme descrito no próprio site da Academia.
O escritor é filho de Francisco José de Assis, pintor; e Maria Leopoldina Machado de Assis, lavadeira. Ainda cedo sua mãe faleceu e o escritor teve maior convivência com sua madrasta.
Machado de Assis casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais em 1869, com quem esteve até 1904, ano da morte da sua companheira. Na atuação profissional, Machado de Assis destaca-se com produções nas áreas do jornalismo, contos, crônicas, romances, poesia e obras teatrais. Machado também atuou boa parte de sua vida como jornalista, mais intensamente de 1860 a 1867 a convite de Quintino Bocaiúva ( também jornalista e participante do movimento abolicionista) trabalhou no Diário do Rio de Janeiro, como repórter e jornalista.
Fazia resenha dos debates do Senado, crítica teatral, e colaborava em A Semana Ilustrada, além de contos no Jornal das Famílias. E em 1881 escreve crônicas no jornal Gazeta de Notícias. Suas principais obras literárias são Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), O
Alienista (1882), Dom Casmurro (1899), Quincas Borba (1891), dentre outras. Suas obras em sua grande maioria são ambientadas no segundo reinado do Brasil Império e aborda temas como a escravidão, os negros, a casa grande e os indigenas. Em boa parte de suas obras, o autor utiliza o gênero de humor, romance e realismo.
O escritor dá nome a um dos principais prêmios literários nacionais, o Prêmio Machado de Assis de literatura é oferecido desde 1941 pela ABL e condecora autores brasileiros.
Em 2019 lançada pela Faculdade Zumbi dos Palmares a Campanha Machado de Assis Real, que busca reparar seu processo de enbranquecimento, e desta forma colocar nos livros e impressos sua imagem como um negro.
Sendo assim, mostrar o retrato do racismo no país, que escondeu por séculos seu fenótipo e sua foto oficial. Mudaram a cor da sua pele, distorceram seus traços e rejeitaram sua real origem, ou seja, Machado de Assis foi embranquecido para ser reconhecido.