Café com Dedo de Prosa recupera histórias da cidade e traz como roda de conversa para a comunidade

Na área aberta do Museu da Liturgia em Tiradentes, ocorreu o 6° Café com Dedo de Prosa, organizado pelo tiradentino Rogério de Almeida, diretor do museu. O evento aconteceu no sábado (25) e teve apoio do Festival de Fotografia, que realizava-se simultaneamente.

Roda de conversa sobre APAE Tiradentes. FOTO/VAN: Beatriz Estima
Roda de conversa sobre APAE Tiradentes. FOTO/VAN: Beatriz Estima

Com a intenção de promover um sentimento de pertencimento entre os moradores da cidade, o Café busca levar instituições e personalidades que ajudaram a construir a história de Tiradentes, para uma conversa entre a comunidade. Além de promover uma reunião com comes e bebes doados por produtores rurais locais, a fim de  criar maior visibilidade e incentivá-los.

Mesa de café elaborado pela Rota do Sabor. FOTO/VAN: Beatriz Estima
Mesa de café elaborado pela Rota do Sabor. FOTO/VAN: Beatriz Estima

Nesta 6° edição, os convidados foram os membros da APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, contando um pouco da história, misturado com relatos emocionantes de quem faz parte. Para compor a mesa de café, a companhia Rota do Sabor, deliciou os integrantes com os produtos diretamente da zona rural de Tiradentes.

Rogério de Almeida, um dos idealizadores do evento, conta que o Café começou há dois anos e se deu através de uma iniciativa de criar memória por meio das histórias das pessoas, misturado com o sagrado da liturgia que se dá em torno da mesa, e a tradição mineira das comidas rurais. “A ideia é uma junção disso tudo em um local de paz, que é o museu”, explica Rogério.

 

Apae como convidada

A Associação de País e Amigos dos Excepcionais foi o convidado desta 6° edição. Estavam presentes alguns alunos mais antigos, juntamente com a equipe de funcionários – professoras, psicólogas, terapeuta, entre outros, além dos administradores.

A Apae começou o evento contando um pouco sobre a história da instituição em Tiradentes. Entrecortando os discursos, os alunos, entusiasmados, comentavam sobre o significado da Apae na vida de cada um. Além dos depoimentos, houve também apresentação de dança e exposição de fotos, tudo realizado pelos próprios alunos.

A organização que começou em 1999, tem hoje um prédio próprio onde realiza assistência médica aos alunos e familiares, além de promover atividades complementares para a socialização das crianças, jovens e adultos excepcionais.

Varal do Juvenal - Exposição de fotografia de um dos alunos da APAE. FOTO/VAN: Beatriz Estima
Varal do Juvenal – Exposição de fotografia de um dos alunos da APAE. FOTO/VAN: Beatriz Estima

Apesar de toda a dificuldade enfrentada, pois é uma organização  que sobrevive de doações, a Apae conta com um apoio fixo de pessoas engajadas no projeto. Uma das formas de conseguir assistência financeira é um jantar beneficente que acontece todo mês. Um jantar famoso em Tiradentes.

Foi nesses jantares que Marilaine conheceu a instituição. “ O trabalho da Apae me faz pensar no que eu posso fazer pelo outro. O movimento hoje é voltar-se para o cuidado com o outro, e então me coloco nessa responsabilidade”, comenta.

Márcia Coelho, presidente da Apae Tiradentes expõe a importância de levar o debate da organização para dentro da comunidade, “ É muito importante abrir a Apae para a comunidade. Ela muitas vezes faz todo esse trabalho e as pessoas não sabem”.

O Café com Dedo de Prosa, tornou-se um evento da cidade voltado para a própria comunidade. É nesse sentido que Márcia, também parceira do Café,  ressalta: “o que acontece em Tiradentes é que tem muito evento para gente de fora. Esse é para as pessoas daqui, mas sem excluir os de fora”.

O evento acontece a cada dois meses, de preferência no último sábado do mês, dentro do Museu da Liturgia em Tiradentes. É gratuito e aberto para todos os interessados nas memórias recentes tiradentinas.

 

TEXTO/VAN: Beatriz Estima

   

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