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A mostra de teatro “Tiradentes em Cena” chega à sua terceira edição. Com início no dia 15, a mostra tem nove dias de duração. Esse ano, a homenagem é para os 50 anos de carreira de Pedro Paulo Cava, diretor, ator e produtor de teatro, além de ter a temática principal voltada para o Teatro de Bonecos. “Este ano nós escolhemos o gênero do Teatro de Bonecos pelo seu formato de ocupação. Ele consegue não ser, necessariamente, só dentro da caixa preta do teatro, explica a  coordenadora-geral do festival, Aline Garcia, sobre o tema em 2015. Ela ainda acredita que é de grande importância trazer o teatro de bonecos para a população já que o teatro em geral e o de bonecos, em particular, apresentam um trabalho todo artesanal. 

O festival traz variados tipos de apresentações teatrais, palestras e oficinas. As duas principais atrações da exposição de 2015 ficam por conta da Associação de Teatro de Bonecos de Minas Gerais, juntamente com a Mostra de Teatro Lambe-Lambe (de Belo Horizonte), uma modalidade de teatro de bonecos apresentado para uma única pessoa  realizado dentro de uma caixa semelhante às antigas câmeras fotográficas.

Nos palcos, a Mostra apresenta peças como “O País do Desejo do Coração”, dirigida por Matheus Nachtergaele, com o elenco do grupo de teatro de Tiradentes “Entre&Vista” e também o espetáculo “Até o fim”, com a direção de Adilson Siqueira, que promete provocar fortes emoções nos espectadores a partir  da ênfase no tom poético. Vinda de São Paulo, a Cia. Cênica Nau de Ícaros, renova sua performance misturando dança, arte circense e falas de amor. Sábado, 26, a companhia são-paulina fecha o “Tiradentes em Cena” de 2015.

Com trinta anos de carreira, o músico Gilberto Mauro apresentou-se na tarde do sábado, dia 16, em um Recital – “O Sábado da Carne”, com direção de cena e prólogo de Marcelo Dolabela – juntamente com a atriz Ana Gusmão. Mauro conta que a poesia tem pouco espaço em qualquer lugar e para que ela ganhe mais importância, deve-se buscar, mais a fundo, a resposta na educação. “É preciso alimentar isso nas escolas, é um processo a longo prazo”, comenta.  O músico ainda revelou que somente Minas e o Rio Grande do Sul têm mais museus no interior do que as capitais e que “Tiradentes é um museu a céu aberto; é um lugar que respira história e cultura. Aqui já é um pólo cultural e agora muito mais; onde tem cultura é sempre bom”.

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Com uma proposta diferente da do ano passado, as apresentações serão em pontos alternativos da cidade, além dos locais já tradicionais. Tudo isso, também, se deve à crise econômica vivida pelo Brasil nos dias de hoje. “Nós perdemos alguns editais, mas temos o apoio da Cemig que está com a gente desde a primeira edição;  foi isso que fez a Mostra acontecer. O momento, economicamente, para qualquer área cultural, está difícil”, frisa Garcia.

Residente em Salvador/BA, Luzia Plínia da Silva visita pela primeira vez a Mostra de Tiradentes. “Vou querer aproveitar tudo. Sou fã de carteirinha de tudo o que Tiradentes apresenta”, declara.

Aline Garcia acredita que a expectativa de público para o evento deve ultrapassar a dos anos passados, que chegaram a 15 mil visitantes. As apresentações seguem durante a semana, com entrada franca.

Texto: Leonardo Duque e Andreza de Cácia/ VAN

Foto: Andreza de Cácia

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