A tradição vinda de Portugal com uma pitada de brasilidade


O mês de junho é caracterizado por ser o mês das festas juninas. Segundo a tradição, as comemorações começam na véspera do dia 12 de junho – dia de Santo Antônio – e finalizam no dia 29, que é o dia de São Pedro. E como essa época do ano é muito fria, é de praxe a festa ter caldos quentes, canjica doce e quentão, além da  popular quadrilha.

Com a entrada do mês de julho, existe o hábito de se realizar as “festas julinas”, que não são tão comuns como as festas juninas, mas são igualmente animadas, contando com a presença de fogueiras, comidas típicas, danças (quadrilhas) e até casamento encenado. A tradição se mantém no mês de julho.

Para aproveitar a colheita do milho, muitos pratos são feitos à base do cereal.  Dona Maria Francisca (86) afirma que, todos os anos, parte da plantação de milho de sua roça é destinada ao preparo delícias da festa junina da família. “É muito bom saber que meus netos e bisnetos estão comendo a partir daquilo que produzi no meu quintal. Tem um gostinho diferente, não é igual ao que se compra no supermercado ou na feira, e todo mundo adora, além de ser melhor para a saúde”, ressalta.

Dona Juraci Cruz (55) vê a festa com outros olhos. Ela é costureira e todo o ano, nesta época, sua estante de encomendas fica abarrotada de tecidos xadrez e floridos. Segundo ela, é gratificante fazer um vestidinho para uma criança que vai dançar a quadrilha pela primeira vez. “Adoro fazer roupas, para crianças principalmente, e digo que quase todas as encomendas são para os pequenos. Eles ficam muito felizes com as roupinhas, as mães adoram e eu complemento minha renda com isso”.

Já Fátima Oliveira é dona de uma casa de aluguel de fantasias. Ela afirma que, nessa época, a roupa típica de festa junina, mesmo antes de ser devolvida, já é requisitada por uma fila de clientes. “A fantasia de noivinha do jeca, por exemplo, tem que ser reservada muito tempo antes, se não é impossível fazer a locação. Tive até que mandar confeccionar mais modelos para não perder a clientela e a fantasia, quanto mais babados e floridos tiver, maior a preferência das meninas. Já os meninos preferem só a camiseta xadrez mesmo, alguns até alugam a calça de remendos, mas é mais raro de acontecer”.

O que não pode faltar nas festas juninas são as fogueiras que, além de ajudaem a aquecer, para os mais corajosos serve também como motivo de brincadeira, o “pula fogueira.”  

Texto: VAN/ Iolanda Pedrosa
Foto: Divulgação

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