Simone Spoladore é atriz homenageada na 16ª Mostra de Tiradentes
Apaixonada pelo cinema, Simone foi homenageada com o troféu Barroco da 16ª Mostra |
“Eu tenho uma
ligação muito forte com Minas Gerais, porque eu dancei tanto aqui
nesse estado, tão pertinho daqui, que pude ouvir os meus passos
batendo no chão”. Em referência à sua primeira atuação nas
telonas, Lavoura Arcaica (2001), a atriz Simone Spoladore destacou a
sua forte ligação com as terras mineiras durante a abertura da 16ª
Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada ontem, 18.
Simone é a
homenageada desta edição e conta que, apesar da sua juventude, já
reconhece a sua trajetória e espera desenvolver trabalhos ainda mais
desafiantes, a partir de um viés de experimentação e
transformação. “Sou muito grata pelo que estou fazendo e pelo que
eu espero fazer, afinal eu espero que um não morra tão cedo”,
disse, arrancando risos na plateia.
homenageada desta edição e conta que, apesar da sua juventude, já
reconhece a sua trajetória e espera desenvolver trabalhos ainda mais
desafiantes, a partir de um viés de experimentação e
transformação. “Sou muito grata pelo que estou fazendo e pelo que
eu espero fazer, afinal eu espero que um não morra tão cedo”,
disse, arrancando risos na plateia.
Emocionada, a
paranaense de Curitiba atribuiu o prêmio a todos os diretores com
quem trabalhou na produção cinematográfica nos 22 longas encenados
em apenas 11 anos. Ela destaca o propósito das novas linguagens
utilizadas e a busca pela transformação cinematográfica por meio
de novas experimentações, influenciando as formas de relação
entre as pessoas.
paranaense de Curitiba atribuiu o prêmio a todos os diretores com
quem trabalhou na produção cinematográfica nos 22 longas encenados
em apenas 11 anos. Ela destaca o propósito das novas linguagens
utilizadas e a busca pela transformação cinematográfica por meio
de novas experimentações, influenciando as formas de relação
entre as pessoas.
A família e os diretores acompanharam a atriz durante a homenagem. |
“Eles estão
investigando a linguagem cinematográfica, estão procurando novos
caminhos e criando imagens para que nós possamos fazer a
transformação dentro das nossas consciências. Acho que essa é a
busca do cinema que está experimentando o novo, novas possibilidades
de estar no mundo, de se relacionar com as pessoas, de ouvir o outro
e tentar fazer mudanças que vão além de nós mesmos”, concluiu.
investigando a linguagem cinematográfica, estão procurando novos
caminhos e criando imagens para que nós possamos fazer a
transformação dentro das nossas consciências. Acho que essa é a
busca do cinema que está experimentando o novo, novas possibilidades
de estar no mundo, de se relacionar com as pessoas, de ouvir o outro
e tentar fazer mudanças que vão além de nós mesmos”, concluiu.
Simone aproveitou
ainda para reverenciar o propósito da Mostra de Cinema de Tiradentes
em revelar novas linguagens e talentos. “Esses filmes e essa mostra
estão fazendo um trabalho muito importante que é preservar a
memória da cinematografia brasileira e dar vazão a novos
diretores”.
ainda para reverenciar o propósito da Mostra de Cinema de Tiradentes
em revelar novas linguagens e talentos. “Esses filmes e essa mostra
estão fazendo um trabalho muito importante que é preservar a
memória da cinematografia brasileira e dar vazão a novos
diretores”.
O longa escolhido
para a abertura da Mostra foi Onde Borges tudo vê (2012), de
Taciano Valério. Paraibano, o filme mescla os conflitos humanos
e literatura, numa adaptação do conto Fragmentos de um olhar
(2002), do próprio cineasta. Tudo como parte do objetivo de se
promover o cinema independente, a partir da concepção de novos
horizontes para o cinema no território brasileiro.
para a abertura da Mostra foi Onde Borges tudo vê (2012), de
Taciano Valério. Paraibano, o filme mescla os conflitos humanos
e literatura, numa adaptação do conto Fragmentos de um olhar
(2002), do próprio cineasta. Tudo como parte do objetivo de se
promover o cinema independente, a partir da concepção de novos
horizontes para o cinema no território brasileiro.
Cinema e música
Sérgio Pererê embalou a abertura com o ritmo afro. |
A cerimônia foi
embalada pelos ritmos da música afro-brasileira, numa apresentação
do cantor e compositor mineiro Sérgio Pererê. Acompanhado por
tambores e uma guitarra, o músico animou o público com canções de
congado, símbolos da manifestação regionalista.
embalada pelos ritmos da música afro-brasileira, numa apresentação
do cantor e compositor mineiro Sérgio Pererê. Acompanhado por
tambores e uma guitarra, o músico animou o público com canções de
congado, símbolos da manifestação regionalista.
Fora de centro
A 16ª Mostra de
Cinema de Tiradentes aborda a temática da descentralização da
produção cinematográfica, a partir das experimentações e das
mudanças de cenários e representações desenvolvidas em todo o
território brasileiro. Seu propósito é quebrar o modelo de
concentração da produção cinematográfica brasileira no eixo
Rio-São Paulo e promover a divulgação de novas formas de
representação.
Cinema de Tiradentes aborda a temática da descentralização da
produção cinematográfica, a partir das experimentações e das
mudanças de cenários e representações desenvolvidas em todo o
território brasileiro. Seu propósito é quebrar o modelo de
concentração da produção cinematográfica brasileira no eixo
Rio-São Paulo e promover a divulgação de novas formas de
representação.
A busca por novos
cenários, novos agentes e a transformação das formas de se
representar, convergem para a criação de novos princípios de
representação audiovisual. “Mentes abertas, jovem cinema, o trem
passa simples e forte, irreversível. E o que fica? A imagem na vida
das retinas atentas, no mistério que envolve a arte, na emoção que
faz rir e chorar, no eterno momento projetado”, afirma o texto da
coordenadora geral, Raquel Hallak d’Angelo, exibido em vídeo
durante a abertura.
cenários, novos agentes e a transformação das formas de se
representar, convergem para a criação de novos princípios de
representação audiovisual. “Mentes abertas, jovem cinema, o trem
passa simples e forte, irreversível. E o que fica? A imagem na vida
das retinas atentas, no mistério que envolve a arte, na emoção que
faz rir e chorar, no eterno momento projetado”, afirma o texto da
coordenadora geral, Raquel Hallak d’Angelo, exibido em vídeo
durante a abertura.
Reportagem e fotos: Eduardo Maia