Casa própria é realidade para são-joanenses
O desejo de ter uma casa própria faz parte da vida de muitas famílias. Segundo dados da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São João del-Rei, 440 delas concretizaram esse sonho por meio do Programa Minha Casa Minha Vida. Após o primeiro mês nas novas residências, os contemplados já começaram o processo de socialização e já conseguem ver as mudanças e alguns problemas da vida nova.
Os apartamentos tem 38 metros quadrados e o custo de cada um gira em torno de 42 mil reais. Durante 120 meses, as famílias vão pagar o equivalente a 5% da renda declarada, no momento da inscrição no Programa. “Para mim foi muito gratificante; hoje eu estou tranquila morando no que é meu, vou poder tocar a minha vida sem aquele medo de não ter o dinheiro do aluguel no fim do mês. Eu estou muito feliz e acredito que todos aqui também estejam”, comentou Maria Aparecida, uma das contempladas do Programa, que vive com a sua filha.
O condomínio Residencial I está localizado no bairro do Tejuco, acima do Conjunto Dom Lucas Moreira Neves, também construído pela mesma iniciativa. Além dos apartamentos, possui uma área de lazer com uma quadra, um salão de festas e uma praça. Gustavo Garcia (11) conta que gosta mais da nova casa, pois já tem muitos amigos. O menino mora com sua mãe e mais três irmãos e está no quinto ano do ensino fundamental.
A ASP- Social foi licitada pela Caixa Econômica para auxiliar as famílias na organização, socialização, fiscalização e mediação de conflitos que são comuns no começo da convivência. Aline Figueiredo que é técnica da empresa comentou sobre esse período de adaptação:
– “Acredita-se que os seis primeiros meses são o período necessário para adaptação, quando estará consolidada a integração entre os beneficiários e o sentimento de pertencimento, que é condição fundamental na construção da identidade e da relação positiva com esse espaço”.
Problemas
Os moradores já identificaram algumas dificuldades. A demanda de transporte coletivo vem sendo alvo de reclamações, pois apenas uma linha de ônibus – em horários ainda desorganizados – atende as inúmeras famílias. Além disso, o recolhimento de lixo também vem sofrendo críticas, bem como a necessidade de mais pontos comerciais próximos aos apartamentos.
Porém é a questão da segurança nas novas moradias que encabeça a lista de reclamações. Uma beneficiária que pediu para não ser identificada relatou inclusive que o tráfico de drogas acontece livremente no local, o que é facilitado pela falta de iluminação e porteiros, deixando a entrada com livre acesso.
A secretária de Cidadania, Desenvolvimento e Assistência Social, Merilane Cardoso, comentou sobre os avanços futuros para o residencial:
– “Na saúde está sendo construída uma nova UBS e o aumento da equipe do Programa de Saúde da Família; está em processo de licitação a empresa que vai construir uma creche no entorno”.
Texto: VAN/João Henrique Castro
Foto: José Eugênio