O Muay Thai tem vivenciado um período de grande ascensão. A arte marcial base de trocação do UFC – maior liga de MMA do mundo – vem atraindo públicos diversificados, de todas as idades. Segundo o instrutor João Paulo, conhecido como “Índio”, “dois anos atrás tinha bem menos gente treinando. Com essa explosão do UFC, o pessoal ficou mais interessado em praticar o Muay Thai”.

Há oito anos no esporte, o instrutor conta com aproximadamente 100 alunos. Ele afirma que “a maioria das pessoas começam interessadas na parte física, mas, quando a pessoa toma gosto pela arte, ela começa a ter interesse até em competir”. Índio também dá aulas na equipe de São João del-Rei, a Xtreme Power, e relata que é necessário um maior apoio aos 20 atletas, para que possam ganhar destaque nacional. “A partir do ano passado, a gente conseguiu uma condução para os campeonatos e, apesar de ficar muito grato, ainda acho isso muito pouco. O custo de um atleta na competição fica em torno de 200 reais e, infelizmente, a maioria das pessoas não dispõem desse valor”.

O esporte vem conquistando uma legião de praticantes na cidade histórica. João Paulo  destaca a importância da modalidade em sua vida: “O Muay Thai hoje em dia é tudo para mim, é disso que eu vivo”, expõe sua paixão, que atinge também os seus alunos.

É o caso de Augusto Vagner (15), que já possui interesse em seguir carreira, apesar de   sua intenção inicial ter sido bem diferente. “Primeiro eu entrei para emagrecer, mas depois eu fui me aproximando do esporte e vi que o Muay Thai era um esporte que você aprende a gostar. Se eu perder mais peso, pretendo ir para o profissional, porque é isso que eu quero”, pontua.

Para o companheiro de treino Guilherme Moreira (17),  o Muay Thai “é tudo, é academia, é porrada. É minha segunda casa”, afirma o estudante e, de acordo com seus planos, futuro atleta profissional.

Texto: VAN/Brunno Santos
Foto: Divulgação