Inauguração do CT Magno dos Santos e reforma na Arena Sicredi simboliza nova era para o clube são-joanense

Por Felipe Lopes, Lucas Simões, Rafaela Nery e Tomaz Jaeger

Há uma semana , o Athletic Club anunciou seu novo centro de treinamento (CT) em Santa Cruz de Minas (MG), nomeado Magno dos Santos. O espaço abriga campos de treinamento em padrão profissional, academia equipada com aparelhos de última geração, área de fisioterapia e reabilitação, além de alojamentos para as categorias de base e profissional. A inauguração do CT marca um passo importante na profissionalização do clube, que tem se destacado nos últimos anos por sua gestão eficiente e pelos bons resultados dentro de campo.

Neste ano também, a Arena Sicredi teve uma reforma para o time disputar a Série B do Campeonato Brasileiro, com aumento na sua capacidade e melhorias na iluminação, reforçando a modernização da estrutura do clube e alimentando a confiança da torcida em um futuro cada vez mais competitivo e vitorioso.

Esses investimentos mostram que, por enquanto, o objetivo de 2025 é somente a permanência na segunda divisão. O Athletic se encontra atualmente na 15ª (décima quinta) posição, com 28 pontos, oito vitórias, quatro empates e doze derrotas em 24 rodadas disputadas. A expectativa de permanência indica que o time possa fazer investimentos futuros no elenco e, assim, busque a tão sonhada classificação para a Série A do Brasileirão. Tais aportes financeiros marcam uma nova era do clube mineiro, que foi comprado pelo grupo Futbraz em dezembro de 2021, e vem conquistando uma evolução dentro do futebol nacional. Outros clubes também vendidos para empresas, como é o caso do Esporte Clube Bahia, comprado pelo grupo City, e o Bragantino pela Red Bull, têm se consolidado na elite brasileira, com gestões que prezam pelo investimento na sua infraestrutura e saúde financeira, além de resultados expressivos em competições nacionais e internacionais.

O ano de 2025 marca a profissionalização de um clube que antes era amador e competia apenas nos campeonatos locais, com uma organização pautada em seu quadro de sócios, patrocinadores locais e resultados esportivos. José Nazareno, torcedor do Athletic, comenta a fase anterior à SAF (Sociedade Anônima de Futebol): “ O Athletic não tinha condições”. Tendo acompanhado o time desde a década de 1970, ele relata a rivalidade mantida com outros clubes de São João Del-Rei e os recentes acessos até a chegada da SAF. O Esquadrão (como o time é apelidado), tentando se manter na 2ª divisão e, agora, com uma nova estrutura esportiva, tem animado torcedores que mantém expectativas de um sucesso sequencial. Nazareno, sobre a nova gestão do clube e suas inovações, diz: “Com a volta da Arena Sicredi, as coisas melhoraram. Aumentou a capacidade, antes eram só duas mil pessoas, e hoje tem capacidade para sete mil pessoas”.

Apesar de alguns resultados positivos, como a recente vitória contra o Volta Redonda por 2×0 e as expressivas vitórias contra o Avaí por 4×0 e o Goiás por 2×1, o clube segue na luta contra o rebaixamento, e vem se reforçando dentro e fora de campo. Exemplo disso é a contratação do técnico português Rui Duarte e de 8 reforços para a temporada de 2025. Essas movimentações estratégicas têm direta relação com o grupo empresarial que comanda o time. Wellington Ribeiro, também torcedor alvinegro, elogia os resultados e os feitos obtidos: “Se tornou um clube grande. Está levando agora o nome de São João para todos os canais que a gente acompanha pela televisão”. A modernização gera diversas emoções nos entusiastas do Athletic, enquanto a repercussão sobre a SAF e as mudanças segue sendo positiva, causando também um otimismo nos negócios envolvidos. “Vejo maiores investimentos e até uma melhora na qualidade de atendimento. Vejo o time com uma maior perspectiva de futuro”, fala Henry George esperançoso e, ao mesmo tempo, realista sobre o sonho difícil, mas não distante, do acesso à série A do campeonato Brasileiro.