Sem caráter competitivo, o evento pretende ser  vitrine de novos talentos musicais

Festival Zé do Mato, em sua décima edição, sempre valorizou a participação dos músicos regionais - FOTO: arquivo pessoal Helder Vieira
Festival Zé do Mato, em sua décima edição, sempre valorizou a participação dos músicos regionais – FOTO: arquivo pessoal Helder Vieira

José Sebastião de Andrade morava no Povoado de Bandeirinhas e o gosto por andar pelos matos, para pescar ou caçar passarinhos, rendeu o apelido Zé do Mato. Como homenagem, Lagoa Dourada criou um festival de música com o seu nome, o Festival Zé do Mato, que se encontra na décima edição. Este ano, o evento acontece entre os dias 3 e 5 de junho, no Parque de Exposição da cidade. O intuito é se tornar o maior festival de música da região.

Organizado pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, o festival conta com 40 inscritos. Músicos profissionais e amadores puderam se inscrever gratuitamente. Para a diretora do Departamento de Cultura, Climene Dutra, o evento representa  uma oportunidade para o músico amador mostrar o seu talento.“É uma porta aberta ao intercâmbio cultural entre os músicos da região e uma chance de trabalho futuro”, explica.

Bandas, duplas e solos passarão pelo palco durante o Festival. Cada artista apresentará três músicas de qualquer estilo. Os próprios cantores escolheram os horários de apresentação, que foram subdivididas por categorias pela organização do evento. Na sexta-feira (3), bandas e grupos se apresentam. O sábado (4) fica reservado a duplas e solos. No domingo (5), é a vez das crianças e demais inscritos. O Festival não tem caráter competitivo. Todos receberão um troféu pela participação, um DVD da gravação do evento e um lanche.

A importância do Festival para Lagoa Dourada e região

Para Arthur Resende, participar do festival é ter a oportunidade de divulgar o trabalho como professor - FOTO: Arquivo pessoal Arthur Resende
Para Arthur Resende, participar do festival é ter a oportunidade de divulgar o trabalho como professor – FOTO: Arquivo pessoal Arthur Resende

Para os lagoenses, o evento representa dupla comemoração, visto que é próximo ao aniversário da cidade (6 de junho). O coordenador de projetos Helder Vieira já tocou no evento como baterista e percussionista. Mesmo não participando desta edição, apreciará as apresentações. Para ele, incentivar a música no Brasil é muito relevante, uma vez que há muitos artistas no país. Uma parcela deles não possui qualificação profissional. “Na realidade local, considera-se o Zé do Mato um primeiro passo, que merece continuidade”, comenta.

O músico e guitarrista Arthur Resende participa pela quinta vez do Festival Zé do Mato. A música sempre esteve presente em sua vida, pois seu pai tocava violão. Para ele, festivais como esse são incentivo aos músicos locais. Arthur se inscreveu para divulgar o seu trabalho. “Eu não diria que existe preparação intensa. Ele é um festival mais tranquilo! Geralmente, toco em bandas em início de carreira que precisam do auxílio de um guitarrista. Aí, começo a frequentar o local dos ensaios e nos preparamos até o festival”, conta.

A promoção do intercâmbio musical é um dos objetivos do festival, responsável por unir músicos de diferentes locais - FOTO: Arquivo pessoal Helder Vieira
A promoção do intercâmbio musical é um dos objetivos do festival, responsável por unir músicos de diferentes locais – FOTO: Arquivo pessoal Helder Vieira

Segundo Arthur, o apoio técnico e a estrutura do Festival precisam melhorar. Bons equipamentos e suporte especializado são importantes para os músicos, pois facilitam a própria organização, além de aumentar a qualidade do som. “Não que seja ruim, mas sempre falta alguma coisinha. No fim das contas, faz uma diferença enorme para nós. Espero que este ano seja melhor do que os outros, afinal as bandas e o público merecem!”, enfatiza.

Consagrado e com grande aceitação da população, o Festival Zé do Mato, em sua décima edição, continua sendo uma vitrine de talentos da região. “Não poderíamos deixar de fazer, até porque o músico amador, além das limitações do setor, não conta com espaços culturais para apresentações frequentes”, avalia a diretora Climene.

 

TEXTO/VAN: Graziela Silva

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