De Narizinho ao mundo dos bruxos
Uma viagem através do universo da leitura
Leitura é um hábito que nós adquirimos com o tempo. Eu não gostava de ler, até descobrir que a leitura nos permite criar filmes na nossa cabeça. Eu não precisava alugar um filme pra passar o tempo, bastava ter um livro ao alcance da minha mão e eu viajava pra milhares de lugares sem realmente sair do lugar.
Tudo começou no ensino fundamental, quando a professora de português nos “obrigava” a pegar pelo menos um livro por semana. Me apaixonei primeiro pelo “Mistério do Cinco Estrelas”, um livro da coleção Vagalume, que, por sinal, ainda é uma das melhores que existem. O livro era meio de suspense, terror, meio indefinido, mas me prendeu do começo ao fim e me iniciou no mundo dos livros.
Sempre fui apaixonada pelo Sítio do Pica Pau Amarelo. Monteiro Lobato continua sendo um dos meus escritores favoritos, li todos, da “Menina de Narizinho Arrebitado” até os livros que imortalizaram seus personagens. Eu me imaginava dentro do sítio e Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Tia Anastácia, Emília e Visconde de Sabugosa eram minha companhia constante. Quem nunca ouviu falar de personagens que foram imortalizados, como o Rabicó, o porquinho, a Cuca, o Burro Falante, além dos personagens folclóricos como Saci Pererê, Minotauro e vários outros que apareciam conforme o enredo das histórias?
Dia 18 de abril é comemorado o Dia Nacional da Literatura Infantil. A data não foi escolhida por acaso, é uma homenagem a Monteiro Lobato, escritor que, como poucos, dedicou a vida aos livros infantis no Brasil. O dia registra a data de nascimento de Monteiro Lobato como o dia oficial da literatura infanto-juvenil.
Aos 11 anos, ganhei o meu primeiro livro da saga do bruxinho mais famoso do mundo, Harry Potter e a Pedra Filosofal. J.K Rowling se tornou minha escritora preferida e eu me imaginava no mundo bruxo todos os dias, ainda espero minha carta de Hogwarts.
E quem nunca ouviu falar do “Pequeno Príncipe”? O menino que critica a falta de criatividade dos adultos por ser uma criança criativa ao extremo ou simplesmente por ser criança.
Já dizia Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”. Se nossas crianças lessem mais, teríamos um país melhor, ou pelo menos um pouco. Eventos como a Bienal incentivam a literatura, a literatura nos faz pessoas melhores e nos permite sermos criativos. Nos aproxima de novos mundos e nos apresenta novas pessoas, somos capazes de nos identificar e sermos amigos dos personagens. Leia mais, aprenda com o maior Bruxo de todos os tempos, Alvo Dumbledore, que já dizia que “Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de formar grandes sofrimentos e também de remedia-los.”.
TEXTO/VAN: Ana Luiza Fonseca