Por Giulianna Andrade e Rafaela Nery

Imagem: Reportagem VAN / Giulianna Andrade

Sete de abril. O dia começa como qualquer outro: café quente e manchetes frias. A vida acontece e, em algum lugar do mundo, alguém corre contra o tempo para transformar caos em compreensão. Hoje é o dia do jornalista, mas você já parou para pensar o que isso significa? 

Jornalismo é resistência. Tal qual a motivação desta data, criada em 1931 pela Associação Brasileira de Imprensa, em memória de Líbero Badaró. Jornalismo é comunicar, informar, questionar e interpretar. É encarar tantas e diversas nuances diárias, lidar com a incerteza do mercado e correr contra o tempo para desvendar uma pauta quente, que esfria a cada minuto.

O jornalista nunca tem feriado. Ele transita entre a euforia da descoberta e o peso da responsabilidade. Quando a maioria se cala, ele pergunta. Quando a verdade se esconde, ele insiste. É um ofício de urgências, de prazos implacáveis e, muitas vezes, de uma solidão que só quem já viu seu nome no rodapé de uma matéria sabe explicar. Mas nada apaga o brilho de uma notícia quente, o prazer de uma apuração bem feita e a emoção de contar histórias que importam.

Ser jornalista é carregar perguntas no bolso e, muitas vezes, encontrar respostas onde ninguém mais procuraria. É atravessar o ruído, decifrar os fatos, conectar narrativas e dar forma à verdade que precisa ser contada. Hoje, talvez um repórter tome um gole de café e se lembre do porquê escolheu essa profissão. Talvez um estudante de jornalismo sonhe com sua primeira grande reportagem. E talvez, por um instante, alguém se lembre de agradecer a quem dedica a vida a nos ajudar a entender o mundo, ou grande parte dele.

Ser jornalista é estar sempre em movimento, reinventando-se a cada manchete, duvidando para confirmar. E, acima de tudo, é entender que os bastidores da notícia não estão muito longe dos bastidores da vida e, no fim das contas, é preciso atravessar tempestades para mostrar a verdade.

Feliz dia do jornalista a quem carrega nas mãos a responsabilidade de informar – e no peito, a coragem de não desistir.