Crônica – O outono chegou e, de fato, bem devagar. Em tempos de calor extremo e pouca umidade no ar, essa estação é desafiada a interromper traços marcantes que ainda restam do verão. (…)
O outono não faz alarde. (…) Se bem observar, as árvores com seus galhos nus fazem uma reflexão silenciosa sobre o tempo.

CRÔNICA – Era 1993. A ONU (Organização das Nações Unidas), engajada na urgência global de discutir questões importantes sobre a água, definiu o dia 22 de março como a data para isso. 32 anos se passaram e, lamentavelmente, a realidade não acompanhou as metas estipuladas. O acesso integral à água potável e a gestão sustentável dos recursos hídricos são ainda uma distante linha de chegada de uma longa maratona.

Atuando em diversos municípios da região das Vertentes, a Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável das Vertentes promove autonomia alimentar para o combate à fome, além de lutar pelo fortalecimento da agricultura familiar e da sustentabilidade.

Não há delimitações para a crueldade. Está mais próximo de nós do que sequer imaginamos. Em Tiradentes, em um bairro de prestígio financeiro, dois cachorrinhos mostram os ossos afundados na pele por uma víscera que há tempos não é alimentada. 

Sob as ruas de pedra-sabão, a 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes se expandiu para além das telas e tomou vida no Cortejo da Arte. No último sábado (25), a VAN foi conferir as históricas ruas da cidade se transformaram em um verdadeiro palco para uma vibrante sequência de manifestações artísticas. Confira as fotos!

Nos dias 24 e 25 de janeiro de 2025, o Campus Dom Bosco da UFSJ recebeu representantes da sociedade civil, especialistas e lideranças dos municípios vizinhos para debater as urgências da crise climática. Entre as cidades participantes estiveram: Coronel Xavier Chaves, Nazareno, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Tiradentes e São João del-Rei.

Crônica – Acordo, é 31 de dezembro. É véspera de Ano Novo, e tudo parece entrar em suspensão. Nas ruas, luzes piscam em tons de esperança. Nas casas, as pessoas se arrumam e preparam tudo para celebrar. Enquanto isso, o calendário, silencioso, aguarda a virada, como uma porta que se abre para o desconhecido.

Índices extremamente baixos de umidade, problemas respiratórios relacionados ao calor intenso e à carência de água são alguns dos desafios constantes enfrentados pelos moradores de São João del-Rei. Em diversos bairros da cidade a população tem manifestado insatisfação com a gestão do Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto de São João del-Rei (DAMAE), especialmente em relação ao fornecimento de água.

Na última semana, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), São João del-Rei registrou níveis de umidade abaixo dos 30%. Essa condição, que se estende por toda a região das Vertentes, caracteriza seca extrema e coloca a Zona da Mata mineira no mapa de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação grave no município e arredores se enquadra na chamada crise hídrica, condição que, sob uma ótica expandida, pode acarretar a vulnerabilidade da agricultura familiar e a oferta da segurança alimentar e nutricional. 

Tudo começa no campo. O ser humano precisa se alimentar do nascer ao morrer — é vital para que o corpo produza, trabalhe e avance. Não é facultativo: o alimento é essencial e sua origem sempre será a terra. É no campo onde tudo começa, e a terra também é aquela que molda o agricultor.