Pontualmente
nas manhãs de sábado, Everton Luiz Cardoso da Silva (24), conhecido
popularmente como ‘Peixe’, disponibiliza seu tempo, voluntariamente, para a
prática de basquete feminino, em Lagoa Dourada. Há dois anos, já existia um
projeto similar, que se perdeu com o afastamento das jogadoras do grupo.
Posteriormente, após ser procurado por três meninas incentivadas pelo interesse
no esporte, formou-se um grupo de aproximadamente 47 integrantes, divididas
entre crianças e adolescentes de 12 a 20 anos.
Apesar
de ter superado a falta de experiência do início, Cardoso encontra  algumas dificuldades para manter o basquete:
a falta de tempo para os treinos, a estrutura deficitária, já que o local e
apoio dos órgãos públicos se manifesta apenas com a quadra da Escola Municipal
Angelina Medrado. Além disso, é preciso manter as atletas sempre motivadas
(apesar dos temores referentes à altura, dificuldades físicas e dentre outras),
preservando a essência do esporte e o grupo unido.
Dentre
as jogadoras, a mais nova integrante, Amanda da Silva Bernardes (15),
incentivada pelo próprio treinador a fazer parte do grupo, sempre gostou do
esporte e, apesar das dificuldades encontradas devido à sua altura,  sente-se motivada para testar seus limites e
aumentar sua disposição física. Da mesma idade, Maria Eduarda Patrício,
salienta a mesma disposição desde que se interessou pelo esporte há
aproximadamente 1 ano e 4 meses, quando frequentava apenas para levar uma
familiar aos treinos. Na turma das mais novas, Suzana Helena Resende Lima (12),
já há dois anos e cinco meses no projeto, foi incentivada por uma professora
que participava na turma das mais velhas; ela ressalta a importância do esporte
para o seu condicionamento físico. De forma unânime, as meninas contam que
atualmente a prática acontece como um hobbie, mas que pretendem
continuar e, quem sabe, um dia se tornarem profissionais.
A
escolha das esportistas acontece a partir da dedicação pessoal e como uma
tentativa de integração no esporte, principalmente em uma cidade onde a prática
esportiva feminina é rara e precária. A respeito dos resultados do seu projeto
na formação das atletas, Everton Silva ressaltou que “elas convivem melhor, com
mais união, encontrando o basquete como uma válvula de escape para suportar o
ritmo acelerado das semanas nas escolas ou faculdades”.

Texto:
Ana Carolina Resende Gomes / VAN
Fotos: Ana Carolina Resende Gomes

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