Banda Blitz anima o público em Barroso
O 26º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), levou à Barroso um grande sucesso dos anos 80, a Banda Blitz, liderada por Evandro Mesquita. O show faz parte da turnê que celebra os 30 anos da banda, formada por Evandro Mesquita (vocal, guitarra e violão), Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo), Andrea Coutinho e Mariana Salvaterra (backing vocal).
O vocalista destacou que é ótimo participar do Inverno Cultural nessa fase em que a Blitz está em turnê por todo o Brasil. “O festival tem essa vibração maneira. É muita gente, não é aquela coisa de teatro fechado e a gente gosta de tocar assim, para muitas pessoas”, ressalta.
Evandro revela que, para compor seu estilo musical, a Blitz sofreu influências de Roberto Carlos, Moreira da Silva, Luiz Gonzaga, Beatles, Led Zeppelin, Bob Marley, Bob Dylan, Caetano Veloso, Novos Baianos, entre outros artistas. “Todos eles influenciaram a Blitz. A gente joga isso num liquidificador e sai com uma personalidade própria”, diz.
O sucesso dos anos 80 ainda anima o público e conquista novos fãs, o que é fruto das composições em estilo diferenciado, misturando vários estilos ao canto falado e às respostas das meninas, de uma forma humorada. “O que mudou com os anos foi que surgiram alguns cabelos brancos. Antes a gente usava óculos escuros e agora é óculos de grau”, brinca Evandro.
Ele ainda declara que “o público também acompanha essa trajetória, mas está sempre renovado por uma galera nova que vem dando força e descobrindo a banda”. Prova disso foi a ganhadora do sorteio de um violão autografado, realizado por um jornal de Barroso. Maria Giovana Rodrigues, de apenas 8 anos, diz que começou a gostar de Evandro Mesquita por causa do personagem Paulão, da Grande Família, programa da TV Globo.
“Eu quis participar da promoção porque eu iria ganhar um violão e conhecer o Evandro Mesquita, e porque faço aulas de violão”, afirmou. Esse foi o primeiro show da Blitz que Maria Giovana assistiu e a menina revelou que as músicas de que mais gosta da banda são “Você não soube me amar” e “A dois passos do paraíso”.
O produtor musical da Blitz, Marcelo Reis, aponta que “consideramos este show, para cerca de dez mil pessoas, muito importante. Temos a pré-produção que é a organização de tudo o que vai acontecer no show, desde a formação da equipe até que tipo de equipamento que a gente vai usar, o local de hospedagem, os deslocamentos; tudo isso é visto antes”. Segundo Marcelo, o show em Barroso demorou cerca de cinco horas para ser preparado. “A equipe vem antes e organiza tudo. Quando a banda chega é só entrar e tocar”, diz.
Sobre a turnê, Marcelo afirma que “a banda está tocando todos os seus sucessos, alguns de outras bandas dos anos 80 e buscando também mostrar uma ou outra música inéditas que apontam o novo caminho do trabalho”. O produtor acredita que a ideia seja ir a lugares que a Blitz não vai há muito tempo e tentar preencher essas cidades que eles consideram próximas e importantes. “Além disso, as músicas são atemporais, pois misturam um pouco de teatro e de performance. É um estilo muito particular”, ressalta.
“Todo lugar é aqui” – as relações entre o local e o universal
“Essa frase Todo Lugar é aqui surgiu após maturarmos esse conceito principal, que foi articular as relações entre o local e o universal, onde todos podem se manifestar. E acho que a gente conseguiu em boa medida fazer isso”, conta Paulo Caetano, Pró-Reitor de pesquisa e extensão da UFSJ.
Paulo destacou que “Barroso sendo tão próxima à São João del-Rei, é parte da área de atendimento da universidade e tem uma importância muito grande para a UFSJ. Não só por causa do alto número de alunos, mas também por ser uma região que emprega nossos estudantes”. Ele afirma também que “já há uma relação natural com essa cidade e é mais do que justo que os eventos que a gente produz também se estendam, não só para os distritos da São João del-Rei e bairros menos centrais, como também para as cidades vizinhas”.
É a primeira vez que o Inverno Cultural se estendeu a outras cidades que possuem campi da UFSJ, como Sete Lagoas e Ouro Branco. João Butkus, gerente de fábrica da Holcin em Barroso, parceira do evento há dez anos, declara que “a cidade não tem um pólo da UFSJ, mas estamos muitos próximos e buscamos apoiar esse evento”. Para ele, “a expansão do festival este ano mostra que essa ideia de Barroso deu certo”.
A barrosense Fátima Ferreira assistiu pela primeira vez a Blitz e gostou muito. “Eu adoro os sucessos da banda e acho que o Inverno Cultural é uma oportunidade para as pessoas do interior, dando à nossa cidade a oportunidade de ver uma banda dessas de graça. A parceria com a UFSJ ajuda muito a promover a cultura em Barroso”, opina.
VAN/ Marina Ratton; Suellen Jacques
Foto: Suellen Jacques
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